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Bovespa abre em queda, puxada por receio com Grécia

Mercados financeiros apreensivos quanto a um possível default da Grécia

O Ibovespa abriu recuando 0,95%, aos 55.247 pontos (Germano Luders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 10h35.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em forte queda, com os mercados financeiros apreensivos quanto a um possível default (não pagamento da dívida) da Grécia. Se esse receio puniu as bolsas pelo mundo no fim da semana passada, a ausência de novidades sobre o assunto prejudica os negócios com renda variável hoje. Ainda é difícil mensurar qual pode ser o tamanho da queda da Bovespa, mas sabe-se que o caminho é livre até a marca dos 52 mil pontos. Às 10h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,95%, aos 55.247 pontos.

"Segura a peruca que a coisa está feia hoje", brincou um operador sênior da mesa de renda variável de uma corretora paulista, referindo-se ao mar vermelho em que mergulham as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York nesta manhã, ainda em razão do perigo de um default da Grécia. "O mercado segue repleto de incertezas e, na dúvida, o investidor sai vendendo (ações)", comentou o profissional. Para ele, caso o Ibovespa perca os 55 mil pontos nesta sessão - o que é "muito provável" -, ordens de stop loss (ordem de venda para evitar perdas maiores) podem ser acionadas. Porém, ele não arrisca dizer de quanto pode ser a queda do índice à vista.

Em recente análise gráfica da XP Investimentos, o analista Gilberto Coelho afirma que o Ibovespa pode buscar os 52 mil pontos, caso volte para abaixo dos 55 mil. "O mercado estará olhando o fundo cravado no início de agosto, em torno dos 48 mil pontos", disse ele, descartando, porém, que o Ibovespa "caia direto para lá" hoje.

Seja como for, a Bolsa tende a acompanhar as perdas agudas e aceleradas nos ativos de risco verificadas no exterior. Apesar dos esforços das autoridades europeias no sábado e no domingo, não houve qualquer notícia concreta (e positiva) quanto a um resgate financeiro da Grécia. "Os mercados globais deverão reagir negativamente às desconfianças quanto à capacidade da Grécia de honrar os pagamentos da sua dívida. O receio de que o país mediterrâneo não receba as novas parcelas do empréstimo firmado com a União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional), por causa de ainda não ter conseguido se ajustar às exigências para continuar recebendo essas ajudas, pesa sobre o sentimento dos investidores hoje", resume a equipe de analistas da Um Investimentos, em relatório.

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"Segura a peruca que a coisa está feia hoje", brincou um operador sênior da mesa de renda variável de uma corretora paulista, referindo-se ao mar vermelho em que mergulham as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York nesta manhã, ainda em razão do perigo de um default da Grécia. "O mercado segue repleto de incertezas e, na dúvida, o investidor sai vendendo (ações)", comentou o profissional. Para ele, caso o Ibovespa perca os 55 mil pontos nesta sessão - o que é "muito provável" -, ordens de stop loss (ordem de venda para evitar perdas maiores) podem ser acionadas. Porém, ele não arrisca dizer de quanto pode ser a queda do índice à vista.

Em recente análise gráfica da XP Investimentos, o analista Gilberto Coelho afirma que o Ibovespa pode buscar os 52 mil pontos, caso volte para abaixo dos 55 mil. "O mercado estará olhando o fundo cravado no início de agosto, em torno dos 48 mil pontos", disse ele, descartando, porém, que o Ibovespa "caia direto para lá" hoje.

Seja como for, a Bolsa tende a acompanhar as perdas agudas e aceleradas nos ativos de risco verificadas no exterior. Apesar dos esforços das autoridades europeias no sábado e no domingo, não houve qualquer notícia concreta (e positiva) quanto a um resgate financeiro da Grécia. "Os mercados globais deverão reagir negativamente às desconfianças quanto à capacidade da Grécia de honrar os pagamentos da sua dívida. O receio de que o país mediterrâneo não receba as novas parcelas do empréstimo firmado com a União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional), por causa de ainda não ter conseguido se ajustar às exigências para continuar recebendo essas ajudas, pesa sobre o sentimento dos investidores hoje", resume a equipe de analistas da Um Investimentos, em relatório.

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