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Bovespa abre em queda ante tensão internacional

Investidores sofrem com incerteza econômica, que pode sofrer com inflação e juros

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 10h58.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda em meio à tensão no mercado internacional, que teme retaliações provocadas pela morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. No Brasil, investidores sofrem com as incertezas do cenário de inflação e juros. Às 10h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,25%, aos 65.299 pontos.

Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a alta da inflação e as incertezas sobre como o governo irá conduzir a política monetária são fatores que atrapalham os investimentos em renda variável. Ao mesmo tempo, segundo Galdi, eles tornam mais atrativa a renda fixa. "Isso gera um mal-estar na Bolsa. É o que está atrapalhando um avanço do índice Bovespa", avalia.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial no País cresceu 0,5% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, em linha com as estimativas. Já na comparação com março de 2010, a produção caiu 2,1%, também dentro do esperado, adicionando ingredientes para o cenário de incertezas.

Na avaliação de Pedro Galdi, o fluxo para a Bolsa deve continuar minguando devido à falta de segurança sobre a eficácia da política macroeconômica brasileira. Ao mesmo tempo, a migração de recursos para as bolsas norte-americanas tende a se fortalecer ainda mais. "Os (mercados) nos Estados Unidos estão melhores e esse descolamento vai continuar assim por um tempo", completa Galdi. Ele acrescentou que a Bolsa brasileira sofre também com as perspectivas de um crescimento menor na China, em meio aos esforços do gigante asiático para conter as pressões inflacionárias.

No entanto, o índice Xangai Composto, da Bolsa chinesa, fechou o dia em alta de 0,7%, uma vez que os temores de medidas adicionais de aperto monetário durante o fim de semana prolongado no país não se confirmaram. No Ocidente, porém, as bolsas caem e o dólar sobe, o que não oferece trégua às commodities (matérias-primas), diante da cautela com o panorama geopolítico após a morte de Bin Laden, o homem mais procurado pelos EUA. Esse cenário fortalece a pressão sobre a Bolsa.

No Brasil, o mercado continua de olho na temporada de balanços trimestrais. Hoje, investidores devem repercutir os resultados divulgados entre a noite de ontem e esta manhã, com destaque para Embraer, TIM, Net e Itaú Unibanco.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda em meio à tensão no mercado internacional, que teme retaliações provocadas pela morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. No Brasil, investidores sofrem com as incertezas do cenário de inflação e juros. Às 10h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,25%, aos 65.299 pontos.

Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a alta da inflação e as incertezas sobre como o governo irá conduzir a política monetária são fatores que atrapalham os investimentos em renda variável. Ao mesmo tempo, segundo Galdi, eles tornam mais atrativa a renda fixa. "Isso gera um mal-estar na Bolsa. É o que está atrapalhando um avanço do índice Bovespa", avalia.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial no País cresceu 0,5% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, em linha com as estimativas. Já na comparação com março de 2010, a produção caiu 2,1%, também dentro do esperado, adicionando ingredientes para o cenário de incertezas.

Na avaliação de Pedro Galdi, o fluxo para a Bolsa deve continuar minguando devido à falta de segurança sobre a eficácia da política macroeconômica brasileira. Ao mesmo tempo, a migração de recursos para as bolsas norte-americanas tende a se fortalecer ainda mais. "Os (mercados) nos Estados Unidos estão melhores e esse descolamento vai continuar assim por um tempo", completa Galdi. Ele acrescentou que a Bolsa brasileira sofre também com as perspectivas de um crescimento menor na China, em meio aos esforços do gigante asiático para conter as pressões inflacionárias.

No entanto, o índice Xangai Composto, da Bolsa chinesa, fechou o dia em alta de 0,7%, uma vez que os temores de medidas adicionais de aperto monetário durante o fim de semana prolongado no país não se confirmaram. No Ocidente, porém, as bolsas caem e o dólar sobe, o que não oferece trégua às commodities (matérias-primas), diante da cautela com o panorama geopolítico após a morte de Bin Laden, o homem mais procurado pelos EUA. Esse cenário fortalece a pressão sobre a Bolsa.

No Brasil, o mercado continua de olho na temporada de balanços trimestrais. Hoje, investidores devem repercutir os resultados divulgados entre a noite de ontem e esta manhã, com destaque para Embraer, TIM, Net e Itaú Unibanco.

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