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Bovespa abre em baixa de olho nos dados dos EUA

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caminha para encerrar novembro cravando, em 2010, o sexto mês de perdas. Embora continuem as preocupações com a Europa e com a possibilidade de aperto monetário na China, uma melhora no exterior pode ainda abrir espaço para um movimento de alta […]

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 10h21.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caminha para encerrar novembro cravando, em 2010, o sexto mês de perdas. Embora continuem as preocupações com a Europa e com a possibilidade de aperto monetário na China, uma melhora no exterior pode ainda abrir espaço para um movimento de alta de Natal - isso, por enquanto, não se verifica. Esta semana, é grande a expectativa dos investidores com a agenda econômica dos Estados Unidos, que pode trazer sinais de melhora na economia. Às 11h18 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) recuava 0,82%, para 67.347 pontos.

"É difícil descartar um rali de Natal nesse nível em que a Bolsa está, mas a atual conjuntura econômica externa deixa ainda quente possíveis passos na Europa e na China", afirma o economista-chefe da Legan Asset Management, Fausto Gouveia. Para ele, parece difícil que uma "solução mágica" resolva de uma vez por todas a debilitada situação fiscal europeia, epicentro do atual nervosismo nos mercados. "O simples fato de injetar dinheiro e achar que resolve a questão não adianta, pois põe em risco a estrutura desses países", acrescenta.

Diante disso, especialistas lembram que o que está amenizando a onda vendedora nos mercados é a recente liquidez injetada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), em uma nova rodada de estímulo econômico no país. "É essa enxurrada de dinheiro que está sustentando o Ibovespa ao redor dos 70 mil pontos", avalia o chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista. Mas ele lembra que o fluxo de capital para os mercados emergentes perdeu força nos últimos dias, diante de um iminente aperto dos juros chineses. "Mas a corrida dos gestores para fechar o mês e defender posições ou ajustar portfólios pode intensificar os movimentos no pregão hoje", acrescenta.

Além disso, a agenda econômica dos EUA pode dar uma direção mais positiva para os negócios em alguns dias, dependendo dos resultados dos indicadores anunciados. "Mas seria só uma sensação de melhora, porque a recuperação norte-americana ainda não está consistente", ressalta Gouveia, da Legan. A agenda dos EUA de hoje está repleta de indicadores de peso: às 13 horas (horário de Brasília), o Conference Board anuncia o índice de confiança do consumidor norte-americano em novembro; às 12 horas, saem os índices de preços de moradias em 10 e 20 cidades dos EUA em setembro; às 12h45, é a vez de o índice de atividade industrial dos gerentes de compras em Chicago neste mês ser divulgado.

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