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Bovespa abre em alta puxada pelo exterior positivo

Preço alto de commodities pode aumentar ações de exportadoras nacionais

Os ganhos de Nova York e no mercado Europeu repercutiram no Brasil, mesmo com eventuais problemas após renúncia de José Sócrates em Portugal (Germano Lüders/EXAME)

Os ganhos de Nova York e no mercado Europeu repercutiram no Brasil, mesmo com eventuais problemas após renúncia de José Sócrates em Portugal (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 10h37.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, na esteira dos mercados internacionais, onde os investidores mantêm o apetite por ativos de risco. O preço em alta das commodities (matérias-primas) pode beneficiar as ações de exportadoras, ao mesmo tempo em que a safra de balanços tende a movimentar alguns papéis. Às 10h19 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,25%, para 67.962 pontos.

A despeito da elevação da preocupação com a crise das dívidas na zona do euro (que reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda), após a renúncia do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, as principais bolsas europeias e o índices futuros de Nova York registram ganhos nesta manhã. Especialistas avaliam que, embora a situação externa continue problemática, a ausência de surpresas negativas - também na Líbia e no Japão - estimula os negócios.

A queda nos pedidos de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos na semana passada, de 5 mil, ante a previsão de estabilidade, favorece as compras de ações, embora as encomendas de bens duráveis no país tenham caído 0,9% em fevereiro, contrariando a previsão de alta de 1,5%.

A valorização de commodities como cobre, petróleo e alumínio também beneficia as empresas ligadas ao segmento de matérias-primas. Os papéis da Vale seguem às voltas com a crescente pressão em torno da substituição de Roger Agnelli na presidência da mineradora.

Além disso, os agentes monitoram a temporada de balanços, que ganha força à medida que se aproxima o prazo final para a apresentação dos resultados financeiros. Entre os destaques, o frigorífico JBS registrou um prejuízo líquido tanto no quarto trimestre de 2010 quanto no acumulado do ano passado. Em movimento contrário, a mineradora MMX saiu fechou 2010 com lucro de R$ 39,684 milhões.

No setor de construção civil, a MRV aumentou os ganhos apurados em 2010 e também no último trimestre do ano passado. Da mesma forma, a Rossi Residencial teve alta de 71% no lucro de 2010, com crescimento dos resultados também no trimestre passado.

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