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Bovespa abre "de lado" à espera de dados dos EUA

O rumo da bolsa ao longo do dia, no entanto, dependerá da agenda de indicadores dos Estados Unidos

O Ibovespa abriu em queda de 0,10%, minutos após subiu 0,19% e voltou a cair (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

O Ibovespa abriu em queda de 0,10%, minutos após subiu 0,19% e voltou a cair (Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2012 às 10h57.

São Paulo - A Bovespa abre o pregão desta terça-feira sem muita força para acompanhar a tentativa de recuperação ensaiada no exterior, após a forte queda dos mercados acionários globais ontem. O rumo ao longo do dia, no entanto, dependerá da agenda de indicadores dos Estados Unidos, que pode limitar o fôlego da Bolsa ou fazer com que ela avance mais. O Ibovespa abriu em queda de 0,10%, minutos após subiu 0,19% e voltou a cair. Às 10h22 caia 0,13%.

"A Bolsa tende a corrigir um pouco os exageros de ontem, em linha com a reação dos mercados europeus e norte-americano", diz o operador-sênior da Renascença Corretora, Luiz Roberto Monteiro, referindo-se à perda de 1,53% do Ibovespa nesta segunda-feira, aos 61.539,38 pontos, sendo que na pontuação mínima do dia chegou a ser negociado abaixo dos 61 mil pontos. Mas, "o que mais pesou foi o cenário político", acrescenta Monteiro.

As incertezas sobre a França, onde o presidente Nicolas Sarkozy pode perder o segundo turno das eleições para o socialista François Hollande, somada à renúncia do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, e a índices de atividade abaixo do esperado pesaram sobre os mercados internacionais no início desta semana e deve continuar reverberando nos negócios com risco hoje.

A direção das bolsas, no entanto, será confirmada ou não por importantes indicadores econômicos a serem divulgados hoje nos EUA. "Os mercados tendem a recuperar um pouco as perdas se os dados vierem em linha com as previsões. Mas, se vierem abaixo do esperado, a gente pode ter mais um dia de quedas", diz o operador da Renascença.

Na agenda norte-americana, saem os índices de preços de moradias em dez e 20 cidades em fevereiro, divulgado pela S&P/Case-Shiller; o índice de confiança do consumidor do Conference Board em abril; a atividade industrial medida pelo Fed de Richmond no mesmo mês e as vendas de novas residências em março.

Os investidores também estão de olho na reunião de dois dias de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed) e aguardam com cautela a decisão e sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana. A decisão sobre o juro nos EUA será divulgada amanhã.

Internamente, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de abril, que subiu 0,43%, não deve influenciar os negócios locais, já que a expectativa maior recai sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada na quinta-feira.

No front corporativo, destaque para o comportamento das ações do Itaú Unibanco, após a instituição financeira anunciar lucro líquido de R$ 3,425 bilhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 3% ante igual período de 2011. Já a Usiminas reportou prejuízo de R$ 37 milhões no primeiro trimestre de 2012, revertendo lucro de R$ 16 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

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