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Bovespa abre em alta e retoma os 70 mil pontos

São Paulo - O otimismo da véspera não deve se repetir hoje com a mesma intensidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que atingiu nos primeiros minutos de pregão os 70 mil pontos, depois de ter fechado ontem bem perto desta marca. As boas notícias vindas do setor de mineração, como a definição […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O otimismo da véspera não deve se repetir hoje com a mesma intensidade na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que atingiu nos primeiros minutos de pregão os 70 mil pontos, depois de ter fechado ontem bem perto desta marca. As boas notícias vindas do setor de mineração, como a definição do modelo de reajuste do preço do minério de ferro de anual para trimestral e do aumento da ordem de 90% que está sendo acertado com as siderúrgicas japonesas, já teriam sido antecipados pelo mercado. Por essa razão, a expectativa é de um pregão mais morno hoje, com as ações da Vale e das siderúrgicas ainda sob os holofotes. Às 10h18 (de Brasília), o índice Bovespa avançava 0,39%, para 70.213 pontos.

Além do reajuste provisório de 90%, negociado ontem pela Vale com a siderúrgica japonesa Nippon Steel, a sul-coreana Posco e a japonesa Sumitomo Metal Industries também teriam aceitado esse mesmo nível de reajuste. A Vale declarou o fim do sistema de preços de referência anual. "Nós decidimos que o sistema de referência acabou para nós, portanto não há necessidade de tornar públicos nossos acordos bilaterais com nossos clientes", disse o diretor para Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Vale, Pedro Gutemberg. "O sistema de referência não sobreviveu a um sério teste no ano passado. Algo diferente deve ser feito (em termos de preços)", disse.

As ações das mineradoras registram boa valorização nas principais Bolsas do mundo. Em Londres, mais cedo, BHP Billiton subia 1,24%, Xstrata avançava 1,99% e Rio Tinto tinha alta de 0,88%. Na Bolsa da Austrália, BHP Billiton fechou em alta de 2,4% e Rio Tinto subiu 1,1%.

Na Bolsa de Tóquio, que subiu 1%, o destaque foi o setor de siderurgia, com os investidores confiantes de que as siderúrgicas vão conseguir repassar os aumentos de custos para seus clientes. Essa mesma percepção pautou a alta das ações das siderúrgicas ontem na Bovespa.

No Brasil, a temporada de reajuste de preços do aço começa em abril. As siderúrgicas já teriam definido um cronograma de aumento de preços, que começa com a CSN no dia 1º de abril. A Usiminas programou elevar seus preços em 11 de abril e a ArcelorMittal Brasil fará o anúncio no dia 15 de abril. Os reajustes anunciados pelas siderúrgicas variam de 10% a 15%. "Não tem como segurar o reajuste das siderúrgicas. O que não vender internamente a China toma", diz o gestor da Infinity Asset, George Sanders.

Petrobras não tem hoje a seu favor o petróleo, que está próximo da estabilidade no exterior. A estatal anunciou na noite de ontem, após reunião do Conselho de Administração, uma atualização da carteira de projetos para o período de 2011 a 2014 no total de até R$ 250 bilhões, ante os R$ 265 bilhões anteriormente divulgados. O montante, mais especificamente de R$ 249,8 bilhões, foi incluído no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

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