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Bolsas europeias sobem com promessas do BCE e EUA

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com ganho de 0,72%, a 344,35 pontos


	Bolsa de Paris: o CAC-40 teve ganho relativamente robusto, de 1,3%, a 4.413,22 pontos
 (Forestier/Getty Images)

Bolsa de Paris: o CAC-40 teve ganho relativamente robusto, de 1,3%, a 4.413,22 pontos (Forestier/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 16h02.

São Paulo - Após perdas recentes, as bolsas europeias se recuperaram e fecharam em alta nesta quarta-feira, 24, sustentadas por um dado positivo dos EUA e novas promessas do líder do Banco Central Europeu (BCE) de continuar fornecendo estímulos - caso haja necessidade -, e apesar de um indicador negativo de confiança na Alemanha.

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com ganho de 0,72%, a 344,35 pontos.

Os negócios na Europa começaram em tom negativo após o instituto Ifo informar que seu índice de sentimento de empresas alemãs caiu para 104,7 em setembro, de 106,3 em agosto, atingindo o menor nível desde abril de 2013.

A previsão de analistas era de queda menor, a 105,8.

Por outro lado, o presidente do BCE, Mario Draghi, reiterou hoje que a instituição vai usar todos os instrumentos disponíveis para fazer a inflação na zona do euro - que se encontra em níveis baixíssimos - retornar à meta de uma taxa ligeiramente abaixo de 2%, o que contribuiu para o movimento de recuperação das ações europeias.

Draghi também voltou a dizer que a "política monetária permanecerá acomodatícia por um longo período".

Segundo analistas, o resultado do Ifo na Alemanha aumenta as chances de o BCE recorrer a ações mais agressivas de estímulos, como um programa de relaxamento quantitativo, que envolveria compras em larga escala de bônus soberanos.

Também ajudou a melhorar o bom humor dos investidores na Europa um indicador encorajador do setor imobiliário norte-americano.

Segundo o Departamento de Comércio, as vendas de moradias novas nos EUA subiram 18% em agosto ante o mês anterior, para o nível sazonalmente ajustado de 504 mil, alcançando o maior patamar desde 2008.

A expectativa era de vendas de 426 mil imóveis no mês passado.

Em Londres, o índice FTSE-100 subiu 0,45%, a 6.706,27 pontos, após exibir alguma volatilidade.

O CAC-40, de Paris, teve ganho mais robusto, de 1,3%, a 4.413,22 pontos, com ajuda da Air France-KLM (+1%), diante da expectativa de que uma greve de pilotos da empresa, iniciada há dez dias, esteja chegando ao fim.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,7%, a 9.661,97 pontos, em parte impulsionado pelo grupo farmacêutico Merck, que saltou 1,39% após anunciar que vai comprar a norte-americana Sigma-Aldrich por US$ 17 bilhões.

A bolsa de Milão foi a que teve melhor desempenho hoje, com alta de 1,67% no FTSE-Mib, que fechou na máxima do pregão, a 20.691,04 pontos.

Se destacaram no mercado italiano a Telecom Italia (+2,8%), que deve fazer reunião na sexta-feira para discutir a venda de sua unidade argentina, e o UniCredit (+1,5%), que anunciou ter entrado em conversações exclusivas com o Santander para fundir a Pioneer Investments com a Santander Asset Management.

Em Madri, o índice Ibex 35 registrou ganho de 0,51%, a 10.856,90 pontos.

O mercado de Lisboa, por outro lado, contrariou a tendência de alta na Europa e terminou a sessão com perda de 0,77% no PSI 20, a 5.753,99 pontos, parcialmente puxada pela Portugal Telecom (-2,38%).

Com informações da Dow Jones Newswires.

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