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Bolsas europeias sobem apesar da baixa liquidez

Na Europa, dados sobre a Alemanha e Espanha impulsionaram os ganhos dos mercados


	Moedas de euro: o índice de sentimento econômico da zona do euro subiu para 98,5 em novembro, atingindo o maior nível desde agosto de 2011
 (Getty Images)

Moedas de euro: o índice de sentimento econômico da zona do euro subiu para 98,5 em novembro, atingindo o maior nível desde agosto de 2011 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 16h24.

Em meio ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que reduziu o ritmo dos negócios, os mercados de ações europeus terminaram esta quinta-feira, 28, em tendência positiva.

O movimento resultou de uma pontuação recorde em Wall Street na sessão de quarta combinada com a repercussão dos índices de preços ao consumidor da Alemanha e Espanha, que ficaram acima das previsões. Os dois índices reduziram os temores de deflação no bloco e a expectativa de novas medidas de estímulo à economia pelo Banco Central Europeu (BCE), em reunião marcada para a próxima semana.

A economia espanhola também divulgou o resultado final do Produto Interno Bruto do terceiro trimestre, confirmando que conseguiu sair da recessão, o que ajudou a impulsionar a Bolsa de Madri. O índice Europe Stoxx 600 encerrou com alta de 0,4%, aos 325,19 pontos.

As bolsas abriram o dia na esteira do fechamento em nível recorde na quarta nos índices Dow Jones S&P 500 nos Estados Unidos. Os investidores europeus reagiram aos sinais mais firmes a respeito da recuperação da maior economia do mundo, emitidos pelos números da confiança do consumidor e pela queda maior do que a esperada nos pedidos de auxílio-desemprego.

Na Europa, dados sobre a Alemanha e Espanha impulsionaram os ganhos dos mercados. O primeiro número divulgado foi o resultado final do PIB da Espanha no terceiro trimestre, que cresceu 0,1% ante o segundo trimestre e ajudou o país a sair de dois anos seguidos de recessão.

No começo da manhã, a Alemanha também anunciou que a taxa de desemprego ajustada em novembro foi de 6,9%, em linha com o esperado pelos analistas, indicando que a maior economia da Europa continua forte.

Os dois países também divulgaram os índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Na Alemanha, o CPI subiu 0,2% em novembro ante outubro e 1,3% na comparação anual. Já o instituto nacional de estatística das Espanha revelou que a inflação teve alta de 0,3% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, avançando 0,2% na comparação anual.


Para completar a série de dados, o índice de sentimento econômico da zona do euro subiu para 98,5 em novembro, atingindo o maior nível desde agosto de 2011, superando as expectativas do analistas que previam alta para 98.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) divulgou o relatório de estabilidade financeira. O BoE disse que planeja retirar o apoio aos empréstimos hipotecários e pediu que os bancos concedam mais crédito para as pequenas empresas.

Em Londres, o índice FTSE teve leve alta de 0,08%, aos 6.654,47 pontos. As empresas do setor imobiliário repercutiram em queda o planejamento do BoE: Persimmon caiu 5,7%, Taylor Wimpey recuou 5,9%, Barrat Developments perdeu 4,5%, Bellway teve queda de 5,2% e Berkeley Group caiu 2,7%.

O destaque de alta foi a Thomas Cook, com as ações subindo 14,69% depois de a companhia de viagem diminuir os prejuízos neste trimestre e anunciar novos cortes de custos. As ações da Rio Tinto ganharam 3,9% após a mineradora ter revisado para baixo o custo de um projeto de expansão da capacidade de minério de ferro na Austrália. Segundo a empresa, o projeto custará cerca de US$ 3 bilhões menos que inicialmente previsto.

O maior ganho da sessão foi registrado na Bolsa de Milão, que chegou a subir mais de 1% durante o dia. O índice FTSEMIB fechou em alta de 0,92%, aos 19.099,36 pontos. O mercado italiano repercutiu a cassação do mandato de Silvio Berlusconi ontem no Senado italiano, além da aprovação do plano de reestruturação do banco italiano Monte dei Paschi di Siena (MPS) e do Orçamento de 2014. Os destaques do pregão foram as instituições financeiras.

As ações do Banco Popolare subiram 2,2%, seguido pelos papéis do Intesa Sanpaolo, que tiveram alta de 2,05%, e do Mediobanca, que ganharam 1,43%. Unicredit e Ubi Banca subiram 1,69% e 2,20%, respectivamente. Após o fechamento, a agência Fitch reafirmou o rating de seis grandes bancos italianos, incluindo o Monti dei Paschi, Intesa Sanpaolo e Unicredit.

O índice CAC40, de Paris, fechou o dia com alta de 0,22%, aos 4.302,42 pontos, com um volume reduzido de negócios. O novo presidente do grupo de hotéis Accor anunciou novas estratégias para a empresa e as ações subiram 1,2%. As ações da Peugeot também tiveram um dia positivo e subiram 2,5%, com resultados positivos dos analistas sobre as estratégias de produção da empresa.

Na Bolsa de Madri, a alta foi de 0,52%, aos 9.859,8 pontos, impulsionada pelas ações dos bancos, que repercutiram positivamente o fim da recessão na Espanha. As ações dos bancos Sabadell, Banco Popular e Bankinter subiram 2,2%, 1,9% e 1,9%, respectivamente.

Na Alemanha, o índice DAX encerrou a sessão com ganhos de 0,40%, aos 9.387,37 pontos, após os a divulgação da inflação e desemprego do país. As ações do Commerzbank lideraram os ganhos e subiram 2,1%, acompanhado dos papéis da Lanxess, que tiveram alta de 1,8%, e da HeidelbergCement, que subiram 1,7%. Em Lisboa, o índice PSI20 subiu 0,48%, aos 6.507,00 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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