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Bolsas e commodities sobem com otimismo internacional

Os investidores reagiram positivamente a notícias que aliavaram preocupações com a recuperação econômica mundial

Bolsa de Frankfurt (Getty Images)

Bolsa de Frankfurt (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 18h39.

São Paulo - A segunda-feira foi de otimismo nos principais mercados financeiros globais, com investidores se apegando a notícias que aliavaram preocupações com a recuperação econômica mundial.

Os desdobramentos da crise de dívida na zona do euro seguiram no radar. O aguardado encontro entre líderes do bloco, ocorrido no domingo, trouxe alguns progressos no sentido de fortalecer o fundo de resgate da região e recapitalizar bancos, mas as decisões finais foram postergadas para uma segunda reunião, que deve ocorrer nesta quarta-feira.

O noticiário corporativo nos Estados Unidos também ajudou.

Do lado dos balanços, o destaque foi o resultado trimestral recorde da Caterpillar , maior fabricante mundial de maquinário pesado. Informações sobre aquisições entre empresas, entre elas a Oracle , também respaldaram o menor receio com a saúde das empresas, mesmo num momento de incertezas em nível mundial.

Além disso, números mostraram crescimento na atividade manufatureira na China neste mês, sugerindo que a segunda maior economia do mundo ainda se mantém firme. As bolsas de valores em Nova York fecharam em alta, bem como o principal índice europeu de ações . O salto nas commodities  turbinou as ações das blue chips Vale e Petrobras , que ampararam a alta de quase 3 por cento da bolsa paulista.

O maior apetite por risco derrubou o dólar ante o real. No mercado de DI, o dia foi de volume e variações mais contidos, com investidores digerindo o relatório Focus do Banco Central (BC) e à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quinta-feira.


O relatório Focus --que traz projeções colhidas pelo BC junto ao mercado para uma série de variáveis macroeconômicas-- mostrou queda nas previsões para a inflação e para o crescimento econômico, apontando um quadro favorável a mais reduções da Selic. Ainda no fronte doméstico, a dívida pública mobiliária federal interna cresceu 1,83 por cento em setembro frente a agosto, atingindo 1,724 trilhão de reais, informou o Tesouro Nacional.

Comentando os números, o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido, afirmou que a demanda por títulos públicos continua em níveis elevados e satisfatórios, mesmo com a turbulência no exterior.

Na terça-feira, investidores vão analisar o relatório das contas externas referente a setembro que será divulgado pelo BC, bem como os números da Previdência Social. No exterior, destaque para a confiança do consumidor nos Estados Unidos e na França.

Veja o fechamento dos principais mercados nesta segunda-feira: CÂMBIO O dólar terminou a 1,7544 real, em queda de 1,47 por cento frente ao fechamento anterior.

O Ibovespa subiu 2,96 por cento, para 56.891 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,84 bilhões de reais.

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 3,99 por cento, a 30.395 pontos.

JUROS No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,41 por cento ao ano, ante 10,48 por cento no ajuste anterior.

EURO Às 19h00, a moeda comum europeia era cotada a 1,3930 dólar, ante 1,3894 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40 O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 131,125 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,392 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS - O risco Brasil caía 6 pontos, para 225 pontos-básicos. O EMBI+ recuava 10 pontos, a 356 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA O índice Dow Jones <.DJI> subiu 0,89 por cento, a 11.913 pontos; o S&P 500 <.SPX> teve alta de 1,29 por cento, a 1.254 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> apurou ganho de 2,35 por cento, a 2.699 pontos.

PETRÓLEO Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou com alta de 3,87 dólares, ou 4,43 por cento, a 91,27 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha leve queda, oferecendo rendimento de 2,2318 por cento, ante 2,216 por cento no fechamento anterior.

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