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Bolsas de NY fecham em baixa com receios com Europa

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam hoje em queda, pressionados pela retomada dos receios com a situação fiscal das nações europeias após a agência de classificação de risco Moody's ter colocado o rating soberano da Espanha em revisão para possível rebaixamento. Durante parte da sessão, […]

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 18h57.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam hoje em queda, pressionados pela retomada dos receios com a situação fiscal das nações europeias após a agência de classificação de risco Moody's ter colocado o rating soberano da Espanha em revisão para possível rebaixamento. Durante parte da sessão, no entanto, as bolsas operaram em alta, impulsionadas por indicadores positivos sobre a economia norte-americana.

O Dow Jones caiu 19,07 pontos, ou 0,17%, para 11.457,47 pontos. O Nasdaq perdeu 10,50 pontos, ou 0,40%, para 2.617,22 pontos. O S&P 500 fechou em baixa de 6,36 pontos, ou 0,51%, aos 1.235,23 pontos.

O índice de atividade do setor de manufatura em Nova York saltou para 10,57 em dezembro, de -11,14 em novembro. Economistas esperavam que o indicador subisse para 5. Além disso, a produção industrial norte-americana cresceu 0,4% em novembro, segundo o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), aumento levemente maior que o de 0,3% esperado pelos economistas.

Outros dados foram menos positivos. O índice de preços ao consumidor dos EUA registrou seu quinto avanço consecutivo e subiu 0,1% em novembro na comparação com outubro, mas ficou abaixo da alta de 0,2% prevista por economistas ouvidos pela Dow Jones. O núcleo do índice, que desconsidera os preços de alimentos e energia e é observado de perto pelo Fed, aumentou 0,1%, primeiro movimento depois de três meses de leitura estável.

"Parece que estamos melhorando como economia, embora o mesmo não possa ser dito em relação à Europa, especialmente sobre os países afetados", disse Peter Tuz, presidente do Chase Investment Counsel.

A Moody's anunciou em um comunicado que colocou os ratings Aa1 do governo da Espanha e do fundo de socorro para os bancos, o FROB, em revisão para possível rebaixamento, por causa da "vulnerabilidade da Espanha a estresses, dada a alta necessidade de refinanciamento em 2011". Outra agência de classificação de risco, a Standard & Poor's, também contribuiu para azedar a perspectiva para a Europa ao atribuir perspectiva negativa para o rating da Bélgica.

Na Irlanda, o Parlamento aprovou por uma margem de seis votos uma linha de financiamento de 67,5 bilhões de euros oferecida pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A linha é parte do pacote de 85 bilhões de euros destinado a socorrer os bancos e as finanças públicas do país. No entanto, alguns investidores estão questionando se "os pacotes de resgate são realmente algo positivo", disse Stephen Carl, diretor de negociações com ações do Williams Capital Group. "É como se fossem um curativo temporário." As informações são da Dow Jones.

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