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Bolsas de NY fecham em alta com indicadores positivos

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, reagindo à divulgação de indicadores positivos no país - especialmente sobre o mercado de trabalho norte-americano - e aos sinais de melhora na economia local divulgados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). O Dow Jones subiu 249,76 […]

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 18h29.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, reagindo à divulgação de indicadores positivos no país - especialmente sobre o mercado de trabalho norte-americano - e aos sinais de melhora na economia local divulgados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). O Dow Jones subiu 249,76 pontos, ou 2,27%, para 11.255,78 pontos. O Nasdaq avançou 51,20 pontos, ou 2,05%, para 2.549,43 pontos. O S&P 500 teve ganho de 18,31 pontos, ou 1,54%, para 1.206,07 pontos.

Também contribuiu para o avanço uma notícia publicada pela agência Reuters, citando uma autoridade dos EUA, segundo a qual o país estaria disposto a fornecer mais recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) com o objetivo de ampliar o fundo de estabilização financeira da Europa. Posteriormente, no entanto, o Wall Street Journal, citando um funcionário do governo dos EUA, afirmou que o país não está discutindo essa hipótese.

"Não acredito que os EUA possam se estender mais sobre esse assunto considerando o que eles já precisam lidar agora", disse Alan Gayle, estrategista da RidgeWorth Investments. Ainda assim, segundo ele, os investidores aparentemente estão cada vez mais animados com uma potencial solução para os problemas europeus, em parte por causa das declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.

Ontem, Trichet afirmou que os detentores de bônus de países europeus em dificuldade financeira não serão forçados a aceitar reduções no principal dessas dívidas - ou seja, perdas.

Mais cedo, relatório divulgado pela ADP/Macroeconomic Advisers mostrou que o setor privado dos EUA criou 93 mil empregos em novembro em comparação a outubro. Foi o décimo mês consecutivo de contratações. Além disso, a produtividade da mão de obra norte-americana no terceiro trimestre teve uma alta anual revisada de 2,3% no terceiro trimestre. Na leitura preliminar, a produtividade havia avançado 1,9%.

O Federal Reserve reforçou a leitura otimista sobre a economia, afirmando no Livro Bege, seu relatório periódico, que a economia dos EUA "continuou melhorando" entre outubro e novembro, principalmente por causa da expansão contínua do setor de manufatura apontada por quase todas as regionais do banco central e por gastos em geral sólidos por parte dos consumidores.

"Há um reconhecimento crescente de que a economia pode não estar tão mal das pernas quanto as pessoas pensam", disse Brian Gendreau, estrategista de mercado da consultoria Financial Network. "Estávamos falando sobre um novo mergulho na recessão há apenas dois meses, quando as notícias eram mistas, mas agora isso mudou e acho que o mercado está avaliando de acordo." Indicadores da Ásia e da Europa também contribuíram para o avanço dos índices acionários nos EUA.

As ações de montadoras estavam entre as que tiveram destaque na sessão. A General Motors subiu 1,70% após a companhia anunciar que suas vendas em novembro cresceram 11% na comparação com igual período do ano passado. As ações da Ford, cujas vendas aumentaram 24%, fecharam em alta de 3,26%. As informações são da Dow Jones.

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