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Bolsas de NY fecham em alta, com apoio de Trump, petróleo e imigração

Dow Jones fechou em alta de 0,12%, aos 24.283,11 pontos; o S&P 500 subiu 0,22%, aos 2.723,06 pontos; e o Nasdaq avançou 0,39%, aos 7.561,63 pontos

Wall Street: preços do petróleo e a votação de um projeto de reforma imigratória ajudaram sentimento otimista (foto/Getty Images)

Wall Street: preços do petróleo e a votação de um projeto de reforma imigratória ajudaram sentimento otimista (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2018 às 18h39.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram em alta o pregão desta terça-feira, 26, em um movimento de recuperação das fortes perdas registradas na sessão anterior.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu apoio à correção ao sinalizar que não irá impor restrições a investimentos chineses. Além disso, os preços do petróleo e a votação de um projeto de reforma imigratória na Câmara dos Representantes na quarta-feira também ajudaram no sentimento otimista.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,12%, aos 24.283,11 pontos; o S&P 500 subiu 0,22%, aos 2.723,06 pontos; e o Nasdaq avançou 0,39%, aos 7.561,63 pontos.

Relatos de que Washington poderia restringir investimentos chineses feitos em empresas americanas de tecnologia começaram a circular na imprensa no fim de semana. A forte reação dos mercados na segunda-feira gerou forte onda vendedora de ações e de dólar e proporcionou um pico na volatilidade em meio a temores acentuados de que EUA e China entrassem em uma guerra comercial de fato.

O governo Trump, então, colocou em campo o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o assessor comercial Peter Navarro numa tentativa de acalmar os mercados. No entanto, quem gerou maior alívio foi o próprio Trump.

De acordo com o presidente americano, os veículos de comunicação que noticiaram o assunto "tinham um vazador que não existe ou um vazador que não conhecia muito bem sobre o negócio. Isso foi um vazamento ruim feito por alguém que não sabia do que se tratava... Eles apenas inventaram a história", sugerindo que não irá impor barreiras a investimentos chineses.

O mercado digeriu os comentários de Trump com alívio. Em Nova York, os principais indicadores acionários renovaram sucessivas máximas, assim como o dólar em relação a outras divisas fortes. No dia anterior, os mercados de câmbio e de ações haviam sofrido fortes perdas.

"Se havia alguma dúvida no fim da semana passada sobre se os investidores ficariam mais nervosos com as discussões sobre comércio, o efeito de ontem nos mercados globais parece sugerir que essas dúvidas estão aumentando a cada nova medida que o governo Trump pode tomar", disse o analista-chefe de mercados da corretora CMC Markets UK, Michael Hewson.

As ações de energia contribuíram com boa parte dos ganhos à medida que o petróleo saltou mais de 3% em Nova York em meio à notícia da Dow Jones Newswires de que os EUA esperam que todos os países cortem suas importações do Irã a "zero" até 4 de novembro.

Além disso, a instabilidade política na Líbia e a paralisação da extração em algumas regiões canadenses também deram sustento aos ganhos dos preços do óleo. A Chevron fechou em alta de 1,26% e a ExxonMobil ganhou 1,13%.

Entre as techs, os ganhos também foram generalizados. O setor foi favorecido após o presidente da Câmara, Paul Ryan, informar que colocará em votação na quarta-feira um projeto de reforma imigratória elaborado pelos deputados republicanos. A Netflix subiu 3,88%, a Apple ganhou 1,24%, a Amazon avançou 1,68% e o Twitter encerrou com alta de 1,52%.

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