Bolsas de NY caem com temor sobre economia e rating
Os principais índices do mercado de ações dos EUA foram pressionados pela queda da atividade industrial e pela possibilidade de rebaixamento da nota da dívida do país
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 18h28.
Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, pressionados por dados fracos sobre a atividade industrial do país e por receios com a possibilidade de as principais agências de classificação de risco do mundo rebaixarem a nota da dívida norte-americana mesmo se o Congresso aprovar um plano para reduzir o déficit orçamentário e aumentar o limite de endividamento do governo federal.
O Dow Jones caiu 10,75 pontos, ou 0,09%, para 12.132,49 pontos. Ao longo do pregão, o índice chegou a subir 139 pontos, para posteriormente ficar abaixo de 12 mil pontos pela primeira vez desde o final de junho. O Nasdaq recuou 11,77 pontos, ou 0,43%, para 2.744,61 pontos. O S&P 500 perdeu 5,34 pontos, ou 0,41%, para 1.286,94 pontos.
No início da sessão, as bolsas chegaram a operar em alta, impulsionadas pela notícia de um acordo entre os partidos democrata e republicano a respeito das medidas necessárias para reduzir o déficit fiscal e elevar o limite de endividamento dos EUA. O humor dos investidores mudou quando o Instituto para Gestão de Oferta (ISM) divulgou que seu índice sobre a atividade industrial norte-americana caiu para 50,9 em julho, de 55,3 em junho. Analistas esperavam uma leitura de 54,6.
"Claramente o que está acontecendo em Washington está afetando a economia", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors. "Quanto mais demorar o debate sobre a dívida, mais contratempos vamos enfrentar. O argumento dos que apostaram na alta das bolsas era de que teríamos uma aceleração da economia no segundo semestre. Isso está sendo questionado agora", acrescentou.
"Acho que agora há uma chance decente de voltarmos à recessão", disse Scott O'Neil, presidente da companhia de dados e pesquisas MarketSmith, acrescentando que os EUA "não estão criando empregos e ainda temos os problemas com o setor imobiliário".
Além disso, uma parte dos investidores ainda está preocupada com a possibilidade de um rebaixamento no rating de crédito dos EUA. A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou repetidas vezes que pode rebaixar a nota norte-americana se Washington não apresentar um plano que reduza o déficit orçamentário em pelo menos US$ 4 trilhões ao longo dos próximos dez anos. O acordo fechado ontem prevê uma diminuição de US$ 2,4 trilhões no déficit, pelo menos inicialmente.
O projeto de lei atrelado ao acordo ainda precisa ser aprovado no Congresso. Existe a possibilidade de a Câmara dos Representantes submeter a legislação a uma votação ainda nesta segunda-feira, por volta das 19h (de Brasília).
As ações de empresas do setor de saúde tiveram alguns dos declínios mais acentuados da sessão, visto que o acordo sobre o déficit prevê que os repasses do programa Medicare (que oferece assistência médica a idosos) para hospitais e companhias de seguro-saúde vão diminuir automaticamente no final do ano se o Congresso não conseguir reduzir o buraco nas contas do governo cortando gastos em outros programas. Entre os papéis do segmento hospitalar, a HCA Holdings caiu 6,52%, enquanto a Universal Health Services perdeu 7,21%. As informações são da Dow Jones.
Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, pressionados por dados fracos sobre a atividade industrial do país e por receios com a possibilidade de as principais agências de classificação de risco do mundo rebaixarem a nota da dívida norte-americana mesmo se o Congresso aprovar um plano para reduzir o déficit orçamentário e aumentar o limite de endividamento do governo federal.
O Dow Jones caiu 10,75 pontos, ou 0,09%, para 12.132,49 pontos. Ao longo do pregão, o índice chegou a subir 139 pontos, para posteriormente ficar abaixo de 12 mil pontos pela primeira vez desde o final de junho. O Nasdaq recuou 11,77 pontos, ou 0,43%, para 2.744,61 pontos. O S&P 500 perdeu 5,34 pontos, ou 0,41%, para 1.286,94 pontos.
No início da sessão, as bolsas chegaram a operar em alta, impulsionadas pela notícia de um acordo entre os partidos democrata e republicano a respeito das medidas necessárias para reduzir o déficit fiscal e elevar o limite de endividamento dos EUA. O humor dos investidores mudou quando o Instituto para Gestão de Oferta (ISM) divulgou que seu índice sobre a atividade industrial norte-americana caiu para 50,9 em julho, de 55,3 em junho. Analistas esperavam uma leitura de 54,6.
"Claramente o que está acontecendo em Washington está afetando a economia", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors. "Quanto mais demorar o debate sobre a dívida, mais contratempos vamos enfrentar. O argumento dos que apostaram na alta das bolsas era de que teríamos uma aceleração da economia no segundo semestre. Isso está sendo questionado agora", acrescentou.
"Acho que agora há uma chance decente de voltarmos à recessão", disse Scott O'Neil, presidente da companhia de dados e pesquisas MarketSmith, acrescentando que os EUA "não estão criando empregos e ainda temos os problemas com o setor imobiliário".
Além disso, uma parte dos investidores ainda está preocupada com a possibilidade de um rebaixamento no rating de crédito dos EUA. A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) afirmou repetidas vezes que pode rebaixar a nota norte-americana se Washington não apresentar um plano que reduza o déficit orçamentário em pelo menos US$ 4 trilhões ao longo dos próximos dez anos. O acordo fechado ontem prevê uma diminuição de US$ 2,4 trilhões no déficit, pelo menos inicialmente.
O projeto de lei atrelado ao acordo ainda precisa ser aprovado no Congresso. Existe a possibilidade de a Câmara dos Representantes submeter a legislação a uma votação ainda nesta segunda-feira, por volta das 19h (de Brasília).
As ações de empresas do setor de saúde tiveram alguns dos declínios mais acentuados da sessão, visto que o acordo sobre o déficit prevê que os repasses do programa Medicare (que oferece assistência médica a idosos) para hospitais e companhias de seguro-saúde vão diminuir automaticamente no final do ano se o Congresso não conseguir reduzir o buraco nas contas do governo cortando gastos em outros programas. Entre os papéis do segmento hospitalar, a HCA Holdings caiu 6,52%, enquanto a Universal Health Services perdeu 7,21%. As informações são da Dow Jones.