Mercados

Bolsas de NY abrem em alta após regras para bancos

Por Luciana Xavier Nova York - As Bolsas de Nova York abriram esta segunda-feira em alta, impulsionadas pelas novas regras do setor bancário global e notícias de que a economia chinesa está aquecida, mas dentro da zona de conforto, que não deve implicar aperto monetário no curto prazo. Às 10h34 (de Brasília), o Dow Jones […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 07h37.

Por Luciana Xavier

Nova York - As Bolsas de Nova York abriram esta segunda-feira em alta, impulsionadas pelas novas regras do setor bancário global e notícias de que a economia chinesa está aquecida, mas dentro da zona de conforto, que não deve implicar aperto monetário no curto prazo.

Às 10h34 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,72% aos 10.541,19 pontos; o Nasdaq avançava 1% para 2.264,06 pontos e o S&P 500 tinha alta de 0,93% aos 1.119,89 pontos.

As autoridades de bancos centrais e de órgãos reguladores de 27 países decidiram ontem apertar as exigências de capitalização dos grandes bancos para evitar um novo episódio como a quebra do Lehman Brothers em 2008. Apesar do aperto de cintos para capital exigido para blindagem, o Basileia 3, como é chamado, estava sendo antecipado há meses e não chegou a trazer enormes surpresas. As medidas devem ser implementadas gradualmente, a partir de janeiro de 2013.

"O novo acordo irá ajudar a reduzir algumas preocupações do mercado de ações", disse à Agência Estado o economista-chefe da Avan Partners, Peter Cardillo.

Nem todos os analistas, no entanto, compartilham o mesmo entusiasmo. "Estou altamente cético em relação à eficácia", disse o analista independente e especialista em bancos Bert Ely. Para Ward McCarthy, economista-chefe da corretora Jefferies & Co., as regras não mudam a situação dos bancos no curto prazo e podem desencorajar mais os empréstimos bancários, ainda fracos.

Na China, os sinais são de que o país continua a pleno vapor, mas sem levantar a luz amarela para aperto monetário. A produção industrial do país cresceu 13,9% em agosto, acima do esperado. A inflação ao consumidor (CPI) subiu 3,5%, a maior alta em quase dois anos, mas dentro das estimativas. As vendas no varejo subiram 18,4% em agosto em relação a agosto do ano passado, acima da alta de 17,9% de julho.

Para reforçar a cesta de notícias positivas, na Europa, a Comissão Europeia praticamente dobrou suas estimativas para crescimento na zona do euro em 2010, de 0,9% para 1,7%, especialmente por causa do forte desempenho da economia alemã. A zona do euro contraiu 4,1% em 2009.

No campo corporativo, o Deutsche Bank confirmou rumores de que pretende levantar pelo menos € 9,8 bilhões (US$ 12,5 bilhões) e fazer uma oferta pelo Deutsche Postbank. O banco, que já possui 30% do Postbank, planeja oferecer € 24 a € 25 por ação em dinheiro para ter o controle da instituição.

Em tempo: O Departamento do Tesouro dos EUA divulga hoje, às 15 (de Brasília), o resultado das contas do governo em agosto.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

Encerramento da cúpula do G20, balanço do Walmart e pacote fiscal: os assuntos que movem o mercado

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti

Morgan Stanley rebaixa ações do Brasil e alerta sobre ‘sufoco’ no fiscal