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Bolsas da Europa fecham em alta, ante expectativa de cortes de juros pelo BCE no início de 2024

Índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,54%, a 461,59 pontos

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) (Dursun Aydemir/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 16h07.

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 30, após desaceleração da inflação ao consumidor da zona do euro mais forte do que o esperado renovar expectativa de cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no início de 2024.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,54%, a 461,59 pontos. Na variação mensal, o índice ganhou 6,4%.

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As bolsas europeias abriram em alta, embora limitadas pela fraqueza nos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da China, maior parceiro comercial do bloco. Entretanto, os índices ganharam fôlego modesto, após leitura preliminar do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) da zona do euro em outubro indicar desaceleração mais forte do que o esperado.

Segundo o Eurostat, o índice cheio do CPI avançou 2,4% em novembro e o núcleo subiu 3,6% no mesmo período. Já a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,5% em outubro.

Em relatório, a Capital Economics analisa que os dados elevam a pressão sobre os dirigentes do BCE para iniciar o relaxamento monetário antes do previsto, projetando possível corte nas taxas em junho de 2024.

O ING compartilha esta visão e, em nota, diz que o processo de perda de fôlego rápida da inflação está associado ao quadro de demanda fraca, apesar de ainda observar pressões vindas dos salários no bloco.

Por outro lado, o Commerzbank pondera que o processo de redução da inflação à meta poderá enfrentar desafios e prevê que os preços devem estabilizar ainda acima de 2% no segundo semestre de 2024. Neste cenário, o BCE cortaria juros somente no fim de 2024, projeta o banco alemão.

Em discurso preparado para evento, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Itália, Fabio Panetta, defendeu uma postura mais cautelosa sobre o aperto monetário na zona do euro, afirmando que o nível restritivo dos juros pode ter "duração curta", se o enfraquecimento da economia acelerar a trajetória de queda da inflação. "Precisamos evitar danos desnecessários para a economia e estabilidade financeira que acabariam colocando em risco também a estabilidade de preços", disse.

Novembro foi um mês forte para os mercados acionários europeus, avalia a CMC Markets, acrescentando que a maior parte dos índices "teve seu melhor desempenho deste ano". "Com a exceção notável do FTSE 100, que teve dificuldades em manter o ritmo de alta, pressionado pelo baixo desempenho das empresas BP, Shell e AstraZeneca", destaca.

Por outro lado, a CMC nota que a bolsa britânica teve algum suporte da Rolls-Royce - que subiu 2,05% neste pregão e saltou 24,8% na variação mensal, depois de fechar acordo com a Airbus e aumentar sua meta de fluxo de caixa para 3,1 bilhões de libras em 2027. No fechamento, o FTSE 100 fechou em alta de 0,41%, a 7453,75 pontos.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,30%, a 16.215,43 pontos; em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,59%, a 7.310,77 pontos. Por ouro lado, em Madri, o Ibex35 recuou 0,06%, a 10.058,20 pontos, enquanto o PSI 20 teve alta de 0,54%, a 6.474,58 pontos, em Lisboa. Em Milão, o FTSE MIB valorizou 0,16%, a 29.737,38 pontos.

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