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Bolsas da Europa caem com queda de produção industrial

Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostraram que a produção industrial do bloco caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior

Às 8h45 de Brasília, a Bolsa de Londres (-0,96%), Paris (-0,49%), Frankfurt (-0,16%), Lisboa (-0,51%), Madri (-0,89%) e Milão (-1,71%) recuavam (Peter Macdiarmid/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 11h47.

Londres - As bolsas europeias operam em queda nesta quarta-feira, após a produção industrial da zona do euro cair mais que o esperado em janeiro e um leilão da Itália que registrou yields (retornos ao investidor) maiores e uma demanda abaixo da esperada.

Às 8h45 de Brasília, a Bolsa de Londres (-0,96%), Paris (-0,49%), Frankfurt (-0,16%), Lisboa (-0,51%), Madri (-0,89%) e Milão (-1,71%) recuavam.

Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostraram que a produção industrial do bloco caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior, revertendo parte do aumento de 0,9% verificado em dezembro. Na comparação anual, a produção recuou 1,3%.

No mercado de bônus, o Tesouro da Itália vendeu nesta quarta-feira em leilão 6,993 bilhões de euros (US$ 9,11 bilhões) em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028, um pouco menos que o máximo planejado de 7,25 bilhões de euros, segundo o banco central do país.

O custo dos dois papéis mais curtos subiu em relação à oferta anterior, mas o do bônus para 2018 caiu. O papel para 2028 é de uma nova série. A oferta de bônus com vencimento mais longo foi a primeira desde que a Fitch rebaixou o rating do país.

Após o leilão, os custos para a tomada de empréstimos de três anos do país subiram para o nível mais alto desde dezembro de 2012. O yield do bônus de 10 anos avançou 7 pontos-base. "Em geral, este é um resultado fraco", disse o Rabobank.

" Além disso, tem havido bastante onda de vendas de dívida italiana nesta manhã. Pode ser que os investidores têm sido assustados com a incerteza política em curso na Itália", acrescentou.


A Alemanha vendeu também nesta quarta-feira em leilão 4,315 bilhões de euros em bônus para março de 2015, segundo o Bundesbank, o banco central do país.

Os papéis foram colocados a um yield (retorno para o investidor) médio de 0,06%, abaixo do juro de 0,21% pago na oferta anterior, realizada em 13 de fevereiro.

A Irlanda disse que atraiu pelo menos 12 bilhões de euros em ofertas (US$ 15,6 bilhões) para a sua primeira venda de bônus de 10 anos, desde que a nação recebeu um pacote de resgate em 2010, de acordo com fontes.

O bônus foi precificado com yield de 245 pontos sobre os midswaps (referência para juros em euro). O país planejava vender até 3 milhões de euros em dívida nesta quarta-feira.

Essa é uma imagem decididamente positiva para a Irlanda, que parece destinada a pagar custo porcentual mais ou menos em linha com as expectativas do mercado, e se compara com os yields dos bônus de 10 anos espanhóis e italianos, que estão atualmente em 4,72% e 4,63%, respectivamente.

No contexto dos países afetados pela crise, o Eurogrupo, formado por ministros de finanças da zona do euro, vai se reunir na sexta-feira (15), a partir das 13h (de Brasília), para discutir a concessão de um pacote de resgate para o Chipre, informou nesta quarta-feira o presidente do grupo, Jeroen Dijsselbloem, em mensagem divulgada no Twitter.


No setor corporativo, as ações de bancos recuaram. No Reino Unido, os papéis foram afetados por uma nova crítica da Autoridade Serviços Financeiros (FSA) do país.

O órgão regulador disse na terça-feira (12) que os principais bancos do Reino Unido não conseguiram mostrar como os investimentos arriscados são adequados às necessidades de seus clientes e que os credores não "captam" o que o serviço realmente significa. Às 8h45 (de Brasília), HSBC (-1,14%), Barclays (-1,01%) e Standard Chartered (-4,37%).

As ações do Commerzbank recuavam 9,08% com a notícia de que o governo da Alemanha, que detém 25% do banco, reduzirá sua participação para 20%. O fundo de regaste converterá a participação em ações, que serão vendidas a investidores, disse o Commerzbank.

Os papéis da Enel recuavam 5,54%, após a empresa cortar seus dividendos de 2012 em 42% em bases anual, à medida que o lucro líquido da empresa recuou 79% devido a um encargo de redução de valor de bilhões de euros em uma companhia espanhola, controlada pela operadora de serviços públicos italiana.

As ações da varejista espanhola Inditex declinavam 3,18% devido à decepção de analistas com as vendas, margem bruta, geração de caixa, dividendo e previsões de aberturas de lojas no quarto trimestre de 2012 informadas pela companhia, embora seu lucro tenha subido 22% no período. As informações são da Dow Jones.

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Londres - As bolsas europeias operam em queda nesta quarta-feira, após a produção industrial da zona do euro cair mais que o esperado em janeiro e um leilão da Itália que registrou yields (retornos ao investidor) maiores e uma demanda abaixo da esperada.

Às 8h45 de Brasília, a Bolsa de Londres (-0,96%), Paris (-0,49%), Frankfurt (-0,16%), Lisboa (-0,51%), Madri (-0,89%) e Milão (-1,71%) recuavam.

Dados da Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, mostraram que a produção industrial do bloco caiu 0,4% em janeiro ante o mês anterior, revertendo parte do aumento de 0,9% verificado em dezembro. Na comparação anual, a produção recuou 1,3%.

No mercado de bônus, o Tesouro da Itália vendeu nesta quarta-feira em leilão 6,993 bilhões de euros (US$ 9,11 bilhões) em bônus para 2015, 2017, 2018 e 2028, um pouco menos que o máximo planejado de 7,25 bilhões de euros, segundo o banco central do país.

O custo dos dois papéis mais curtos subiu em relação à oferta anterior, mas o do bônus para 2018 caiu. O papel para 2028 é de uma nova série. A oferta de bônus com vencimento mais longo foi a primeira desde que a Fitch rebaixou o rating do país.

Após o leilão, os custos para a tomada de empréstimos de três anos do país subiram para o nível mais alto desde dezembro de 2012. O yield do bônus de 10 anos avançou 7 pontos-base. "Em geral, este é um resultado fraco", disse o Rabobank.

" Além disso, tem havido bastante onda de vendas de dívida italiana nesta manhã. Pode ser que os investidores têm sido assustados com a incerteza política em curso na Itália", acrescentou.


A Alemanha vendeu também nesta quarta-feira em leilão 4,315 bilhões de euros em bônus para março de 2015, segundo o Bundesbank, o banco central do país.

Os papéis foram colocados a um yield (retorno para o investidor) médio de 0,06%, abaixo do juro de 0,21% pago na oferta anterior, realizada em 13 de fevereiro.

A Irlanda disse que atraiu pelo menos 12 bilhões de euros em ofertas (US$ 15,6 bilhões) para a sua primeira venda de bônus de 10 anos, desde que a nação recebeu um pacote de resgate em 2010, de acordo com fontes.

O bônus foi precificado com yield de 245 pontos sobre os midswaps (referência para juros em euro). O país planejava vender até 3 milhões de euros em dívida nesta quarta-feira.

Essa é uma imagem decididamente positiva para a Irlanda, que parece destinada a pagar custo porcentual mais ou menos em linha com as expectativas do mercado, e se compara com os yields dos bônus de 10 anos espanhóis e italianos, que estão atualmente em 4,72% e 4,63%, respectivamente.

No contexto dos países afetados pela crise, o Eurogrupo, formado por ministros de finanças da zona do euro, vai se reunir na sexta-feira (15), a partir das 13h (de Brasília), para discutir a concessão de um pacote de resgate para o Chipre, informou nesta quarta-feira o presidente do grupo, Jeroen Dijsselbloem, em mensagem divulgada no Twitter.


No setor corporativo, as ações de bancos recuaram. No Reino Unido, os papéis foram afetados por uma nova crítica da Autoridade Serviços Financeiros (FSA) do país.

O órgão regulador disse na terça-feira (12) que os principais bancos do Reino Unido não conseguiram mostrar como os investimentos arriscados são adequados às necessidades de seus clientes e que os credores não "captam" o que o serviço realmente significa. Às 8h45 (de Brasília), HSBC (-1,14%), Barclays (-1,01%) e Standard Chartered (-4,37%).

As ações do Commerzbank recuavam 9,08% com a notícia de que o governo da Alemanha, que detém 25% do banco, reduzirá sua participação para 20%. O fundo de regaste converterá a participação em ações, que serão vendidas a investidores, disse o Commerzbank.

Os papéis da Enel recuavam 5,54%, após a empresa cortar seus dividendos de 2012 em 42% em bases anual, à medida que o lucro líquido da empresa recuou 79% devido a um encargo de redução de valor de bilhões de euros em uma companhia espanhola, controlada pela operadora de serviços públicos italiana.

As ações da varejista espanhola Inditex declinavam 3,18% devido à decepção de analistas com as vendas, margem bruta, geração de caixa, dividendo e previsões de aberturas de lojas no quarto trimestre de 2012 informadas pela companhia, embora seu lucro tenha subido 22% no período. As informações são da Dow Jones.

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