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Bolsas chinesas fecham em forte queda

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, sofreu um tombo de 5,3% nesta segunda-feira, encerrando o pregão a 3.016,70 pontos


	Xangai Composto: o principal índice acionário chinês, sofreu um tombo de 5,3% nesta segunda-feira, encerrando o pregão a 3.016,70 pontos
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Xangai Composto: o principal índice acionário chinês, sofreu um tombo de 5,3% nesta segunda-feira, encerrando o pregão a 3.016,70 pontos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 06h01.

São Paulo - As bolsas chinesas iniciaram a semana em forte baixa, em meio a preocupações com a economia da China, após dados fracos de inflação, e com a tendência recente de desvalorização do iuane.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, sofreu um tombo de 5,3% nesta segunda-feira, encerrando o pregão a 3.016,70 pontos. Já o Shenzhen Composto, que é menos abrangente, teve queda ainda mais expressiva, de 6,6%, a 1.848,10 pontos.

O sentimento dos investidores na China permanece negativo depois da forte volatilidade da semana passada, quando as bolsas locais foram obrigadas a fechar mais cedo em duas ocasiões, devido a um novo sistema de circuit breaker, que acabou sendo suspenso indefinidamente, poucos dias após sua estreia.

Números fracos de inflação, divulgados no fim da noite de sexta-feira, contribuíram para o mau humor hoje nos mercados chineses.

Em dezembro, os preços ao produtor da China recuaram pelo 46º mês consecutivo, elevando a pressão sobre as empresas para reduzirem dívidas, enquanto os preços ao consumidor continuaram subindo em ritmo moderado.

Segundo Zheng Chunming, analista da Capital Securities, os investidores aproveitaram para realizar lucros após o rali de sexta-feira (08), quando o índice Xangai subiu 2%, "uma vez que continua indefinido para qual direção o mercado está indo".

A desvalorização recente do iuane também pesou nos negócios com ações, embora o PBoC tenha orientado hoje o iuane para cima ante o dólar - por meio de sua taxa de referência para o câmbio - pela segunda sessão consecutiva.

Na semana passada, o iuane teve perdas acumuladas de 1,5% frente ao dólar.

"Não há motivo para as ações chineses subirem agora", comentou said Jiwu Chen, executivo-chefe da VStone Asset Management, que gerencia cerca de US$ 2 bilhões em ativos.

Para Jiwu, os investidores vão ficar bastante atentos, nos próximos dias, a sinais de Pequim sobre sua perspectiva para as ações e o iuane. 

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