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Bolsa tem alta com clima positivo no exterior e espera por Previdência

Ibovespa subiu 1,86% e encerrou o pregão desta terça-feira (12) a 96.168,40 após fechar em queda na véspera

Bolsa: Ibovespa segue em alta com espera por movimentações dentro e fora do Brasil (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa: Ibovespa segue em alta com espera por movimentações dentro e fora do Brasil (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 18h10.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 18h35.

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com papéis de commodities e bancos entre os principais suportes, em meio a um clima mais positivo nos mercados no exterior e apostas de avanço na pauta de reformas do governo, em particular a da Previdência.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,86 por cento, a 96.168,40 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro somava 16,6 bilhões de reais.

A alta ocorre após o Ibovespa recuar quase 1 por cento na véspera, ampliando para 3 por cento a queda nos primeiros dias de fevereiro.

"O mercado rapidamente saiu dos 98.000 para os 94.000, sem grandes notícias, e está recuperando parte das perdas hoje", afirmou Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam Brasil Gestão de Recursos, citando o cenário externo mais favorável entre os suportes.

No exterior, o foco esteve em negociações comerciais entre Washington e Pequim, com declarações relativamente positivas de ambos os lados abrindo espaço para esperanças de que um acordo seja alcançado antes do prazo de 1º de março, a fim de evitar uma elevação das tarifas comerciais.

O presidente Donald Trump afirmou que os EUA têm uma grande equipe na China tentando alcançar um acordo e que Pequim quer muito fechar um pacto. Também não descartou prorrogar um pouco o prazo para fechar um acordo.

O viés benigno foi endossado por acordo preliminar nos Estados Unidos para evitar nova paralisação do governo norte-americano. Embora Trump ainda não tenha decidido sobre mesmo, disse que nova paralisação é improvável. Em Wall Street, o S&P 500 tinha alta de 1,3 por cento.

No Brasil, a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro sair do hospital nesta semana, quiçá já quarta-feira, animou agentes financeiros, uma vez que a definição do texto da reforma da Previdência depende do aval do mesmo.

De acordo com o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, o presidente Jair Bolsonaro poderá ter alta já na quarta-feira, mas ainda depende de avaliação médica.

"O empenho de Bolsonaro em defender a reforma e a condução das negociações com os líderes partidários nos próximos meses serão determinantes para compreender se os bons avanços observados em janeiro se traduzirão em probabilidade relevante de aprovação da reforma necessária nos próximos trimestre", afirmou a gestora Claritas Investimentos em nota a clientes.

Destaques

- PETROBRAS PN subiu 3,54 por cento, tendo de pano de fundo a forte alta dos preços do petróleo no exterior. Analistas do UBS também elevaram a recomendação das ações para compra e o preço-alvo para 33 reais, de 26 reais anteriormente. A Petrobras também deve exigir em março novos lances para a aquisição de sua rede de gasodutos TAG, disse à Reuters fonte com conhecimento do assunto nesta terça.

- VALE avançou 5,43 por cento, após queda na véspera, em um ambiente ainda volátil para as ações da companhia em razão de incertezas envolvendo os potenciais impactos da tragédia com o rompimento de uma barragem da mineradora em Minas Gerais. Na véspera, reportagem da Reuters mostrou que a maior produtora global de minério de ferro estava ciente no ano passado de que a barragem de rejeitos que entrou em colapso em janeiro tinha risco elevado de ruptura.

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN subiram 2 e 2,39 por cento, respectivamente, em movimento liderado pelo BANCO DO BRASIL, que saltou 6,16 por cento, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre na quinta. SANTANDER BRASIL UNIT subiu 1,51 por cento.

- BB SEGURIDADE recuou 2,13 por cento, após balanço do quarto trimestre, com queda de 10,7 por cento no lucro líquido ajustado em relação ao mesmo período de 2017, além de projeções para 2019, com estimativa de crescimento de 5 a 10 por cento do lucro ajustado.

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