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Bolsa sobe 2,41% com Selic

Como esperado, o “kit juros” tomou conta das negociações na bolsa nesta quinta-feira. O Ibovespa subiu 2,41% – no maior patamar desde a eleição de Donald Trump – com 52 das 59 ações do índice fechando o dia em alta. O volume negociado totalizou 10,8 bilhões de reais – ante a média diária de 5,7 […]

BOVESPA: depois de chegar perto dos 70.000, bolsa recuou para a cara dos 64.000 esta semana / Germano Lüders

BOVESPA: depois de chegar perto dos 70.000, bolsa recuou para a cara dos 64.000 esta semana / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 17h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h25.

Como esperado, o “kit juros” tomou conta das negociações na bolsa nesta quinta-feira. O Ibovespa subiu 2,41% – no maior patamar desde a eleição de Donald Trump – com 52 das 59 ações do índice fechando o dia em alta. O volume negociado totalizou 10,8 bilhões de reais – ante a média diária de 5,7 bilhões no mês até então.

As maiores altas do dia ficaram por conta das ações preferenciais da companhia de energia elétrica Cemig (12%), as ordinárias da administradora de shoppings BR Malls (8,5%), as ordinárias da estatal Eletrobras (7,7%) e as preferenciais da varejista Lojas Americanas (7,3%).

Do lado negativo, os papéis ordinários das exportadoras Embraer e Fibria fecharam em quedas de 1,5% e 1,2%, respectivamente, com a queda do dólar. A moeda caiu 0,63% e fechou o dia em 3,17 reais, na menor cotação desde o dia 8 de novembro – dia da eleição presidencial nos Estados Unidos e quando os mercados ainda acreditavam na vitória da democrata Hillary Clinton.

“A bolsa subiu hoje não só por conta do corte mais agressivo do Banco Central e sim porque em sua declaração o BC mostra uma postura mais agressiva também para as próximas reuniões”, diz Raphael Figueredo, analista da corretora Clear.

Para analistas, ao cortar os juros de 13,75% para 13% o Banco Central desencadeou uma nova sequência de alta na bolsa. “A renda variável ficou mais atrativa e com os juros menores os lucros das empresas devem melhorar”, afirma Luis Gustavo Pereira, estrategista da corretora Guide.

Entre os setores que devem continuar se beneficiando estão os mais dependentes de uma retomada de crédito – varejo, consumo e construção civil. Nesses mercados, os destaques do dia foram Lojas Americanas (7,3%), Pão de Açúcar (5,7%) e Gafisa (7,5%).

Como o mercado parece estar acompanhando de perto as falas do Banco Central, vale se atentar agora para a prévia da inflação em janeiro, IPCA-15 e a ata da reunião do Copom – que serão divulgadas na próxima semana. A previsão, conforme EXAME Hoje noticiou nesta manhã, é que a bolsa chegue ao fim do ano no patamar de 79.000 pontos.

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