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Ibovespa mostra fraqueza após forte alta e à espera de Powell

Às 11:41, o Ibovespa caía 0,56 %, a 100.637,14 pontos

B3: bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quinta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

B3: bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quinta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 10h25.

Última atualização em 22 de agosto de 2019 às 11h56.

São Paulo — O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quinta-feira, após fortes ganhos na véspera, em meio a ajuste e com agentes financeiros optando por cautela à espera do discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta-feira, em Jackson Hole.

Às 11:41, o Ibovespa caía 0,56 %, a 100.637,14 pontos, tendo oscilado da máxima de 101.469,05 pontos à mínima de 100.642,93 pontos até o momento. O volume financeiro somava 4,2 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 2%, em movimento capitaneado por papéis de companhias de controle estatal, diante de expectativas ligadas à agenda de privatizações do governo federal.

"Continuamos alterando em dias mais tranquilos e dias bem menos tranquilos, em que o destaque tem sido os atuais níveis de volatilidade do mercado", destacou a equipe do BTG Pactual, em nota enviada pela área de gestão de recursos do banco.

Em um momento no qual o mercado quer saber que medidas os bancos centrais poderão adotar para estimular ou evitar que a economia mundial desacelere além das projeções iniciais, o BTG destaca a fala do chairman do Fed.

"Os investidores esperam sinalizações de mais estímulos a economias", afirmaram.

Para o presidente da gestora BlackRock no Brasil, Carlos Massaru Takahashi, o fato de potenciais mecanismos para estimular o crescimento mundial - tanto por vias fiscais, como monetárias- ainda estarem no campo das hipóteses tem corroborado a volatilidade experimentada nos mercados mais recentemente.

"Estamos vivendo um momento bastante complexo... e em um momento assim há um comportamento de aversão a risco, (o investidor) fica à espera do que vai acontecer", afirmou em entrevista à Reuters na véspera.

Destaques

- BRF subia 3,6%, entre as maiores altas da sessão, conforme o setor continua se beneficiando do aumento da demanda em razão da peste suína africana. Analistas do Bradesco BBI consideram BRF sua ação preferida no segmento nesse cenário. MARFRIG ganhava 1,78% e JBS cedia 0,17%.

- VALE cedia 0,91%, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, pressionando o Ibovespa dada a relevante participação na composição do índice.

- ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,62%, também pesando no Ibovespa, enquanto BRADESCO PN cedia 0,27%.

- ULTRAPAR valorizava-se 2,57%, no segundo dia de recuperação, após fechar na terça-feira na mínima desde fevereiro de 2012.

- MAGAZINE LUIZA recuava 4,21%, em nova sessão de ajuste, conforme a valorização no mês até a véspera alcançava 10,8%. B2W caía 2,02% e VIA VAREJO perdia 2,09%.

- GOL PN e AZUL PN cediam 2,79% e 1,93%, respectivamente, entre as maiores quedas, tendo de pano de fundo alta do dólar em relação ao real.

- PETROBRAS PN caía 0,86%, após forte valorização na véspera, em meio a expectativas sobre a pauta de privatizações do governo, tendo nesta sessão também no radar a fraqueza do petróleo no exterior. O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que "o governo estuda tudo" quando questionado sobre a possibilidade de privatizar a companhia.

- ELETROBRAS PNB tinha elevação de 2,36% e ELETROBRAS ON subia 1,73%, após alguma correção negativa nos primeiros negócios, ampliando os ganhos da véspera, tendo de pano de fundo expectativas relacionadas à privatização da elétrica de controle estatal.

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