Por Claudia Violante

São Paulo - Depois de passar a maior parte do dia em queda, a Bovespa conseguiu firmar-se no azul e finalmente retomou o patamar de 70 mil pontos no fechamento, o que não acontecia desde meados de novembro. A alta foi puxada por Vale e siderúrgicas e só não foi maior por causa da pressão negativa das ações da Petrobras.

O principal índice à vista terminou o dia com ganho de 0,51%, na máxima pontuação do dia, de 70.317,79 pontos. Este foi o maior nível desde os 70.898 pontos de 19 de novembro de 2010. Na mínima do dia, registrou 69.560 pontos (-0,58%). Nesses dois pregões de janeiro, acumula ganho de 1,46%, o mesmo desempenho de 2011. O volume financeiro totalizou R$ 7,035 bilhões. Os dados são preliminares.

No início das operações, Vale e Petrobras operavam em alta, dando sustentação ao índice. Mas o anúncio de que a estatal do petróleo estaria negociando a compra de uma participação na portuguesa Galp acabou levando os papéis para baixo, enfraquecendo o Ibovespa. Também pesaram negativamente sobre essas ações a queda do petróleo e a alta acumulada nos últimos pregões de 2010, o que levou os investidores a realizarem lucros. Na Nymex, o contrato para fevereiro terminou em baixa de 2,37%, a US$ 89,38. Petrobras ON recuou 0,79% e a PN, 0,37%.

Vale, por sua vez, segue beneficiada da alta das commodities metálicas no exterior, hoje com o agravante das enchentes na Austrália, que devem atrapalhar as exportações de minério de ferro daquele país. Os rumores de reajuste da commodity também continuam a rondar as mesas de operação. Vale ON terminou em alta de 2,07% e a PNA, de 1,86%. No setor siderúrgico CSN ON subiu 2,75%, Gerdau PN, +2,94%, Metalúrgica Gerdau PN, +2,73%, e Usiminas PNA, +3,96 %.

Nos Estados Unidos, as bolsas também tiveram um pregão de lado hoje, sem reação ao bom dado de encomendas à indústria. Às 18h23, o Dow Jones subia 0,12%, o S&P tinha queda de 0,28% e o Nasdaq perdia 0,42%. Os investidores passaram o dia à espera do Fomc, divulgado no final da tarde.