Mercados

Bolsa de NY volta a operar após dois dias fechada por Sandy

Apesar das dúvidas, o início do pregão seguiu adiante sem problemas, mas com um volume de transações muito mais reduzido que o habitual


	Placa de Wall Street: Wall Street não tinha paralisado suas cotações durante duas jornadas consecutivas devido a causas meteorológicas há mais de um século
 (SXC.hu)

Placa de Wall Street: Wall Street não tinha paralisado suas cotações durante duas jornadas consecutivas devido a causas meteorológicas há mais de um século (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 16h41.

Nova York - Abastecida por um gerador elétrico, a Bolsa de Nova York conseguiu abrir nesta quarta-feira com relativa normalidade após dois dias fechada durante a passagem da tempestade Sandy, que apagou o coração financeiro dos Estados Unidos pela primeira vez desde os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

"Isto é bom para Nova York e para a economia do país", disse o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em sua chegada nesta manhã ao histórico edifício do pregão nova-iorquino no número 11 da rua Wall Street, situado em uma das áreas de Manhattan mais afetadas pelos blecautes e inundações causados por Sandy.

O prefeito de Nova York, acompanhado por Duncan Niederauer, executivo-chefe da gerenciadora da bolsa, NYSE Euronext, foi o encarregado de fazer soar o tradicional sino que dá início às cotações na cerimônia de abertura, que neste pregão soou com particular força após dois dias de silêncio.

Apesar das dúvidas, o início do pregão seguiu adiante sem problemas, mas com um volume de transações muito mais reduzido que o habitual.

Tão atingido foi o distrito financeiro de Nova York por Sandy que a bolsa era um dos poucos edifícios iluminados nesta quarta-feira em toda a área, e isso graças a um gerador elétrico com combustível para manter o pregão nova-iorquino aberto durante 48 horas seguidas sem necessidade de reabastecer.


A poucas quadras dali, o panorama seguia desolador: estacionamentos e porões inundados, edifícios praticamente às escuras - muitos deles dos grandes bancos de Wall Street - e o túnel que conecta o extremo sul de Manhattan com o bairro de Brooklyn totalmente alagado.

"Nesta manhã dizíamos meio de brincadeira que devíamos ser o único edifício ao sul de Midtown que tem água, luz e comida", disse ao canal financeiro "CNBC" o executivo-chefe da NYSE Euronext, que se mostrou satisfeito com a "tranquila" reabertura do pregão.

A passagem de Sandy, que tocou terra na segunda-feira ao sul do estado de Nova Jersey e deixou pelo menos 40 mortos em todo o país, causou o primeiro fechamento da Bolsa de Nova York desde o 11/9, que manteve o pregão fechado durante quatro dias.

Além disso, Wall Street não tinha paralisado suas cotações durante duas jornadas consecutivas devido a causas meteorológicas há mais de um século, concretamente desde os dias 12 e 13 de março de 1888, quando uma enorme tempestade de neve arrasou o nordeste dos Estados Unidos e o Canadá.

Enquanto isso, o mercado Nasdaq, 100% eletrônico e cujos escritórios estão situados em Times Square, que quase não foi afetada pela tempestade, não sofreu grandes problemas, mas também paralisou suas cotações na segunda e na terça-feira em coordenação com os demais mercados de valores da cidade. 

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFuracão SandyFuracõesMercado financeiroMetrópoles globaisNova Yorkwall-street

Mais de Mercados

Amil e Dasa recebem aval do Cade para criarem rede de hospitais e clínicas

Fundador do Telegram anuncia lucro líquido pela primeira vez em 2024

Banco Central fará leilão à vista de até US$ 3 bi na quinta-feira

Marcopolo avança na eletrificação com aquisição de participação em empresa chilena