IBOVESPA: desempenho do índice em milhares. Índice fechou o mês em 64.984 pontos / EXAME Hoje
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2017 às 18h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h51.
O primeiro mês de perdas
O Ibovespa recuou 0,43% nesta sexta-feira e fechou o mês de março com perdas de 2,5%. É o primeiro mês negativo do ano. Já no acumulado do primeiro trimestre, o índice valorizou 7,9%. Nesta sexta-feira, o destaque ficou com as companhias de papel e celulose (leia a próxima nota). No mês, as maiores valorizações foram das ações da varejista de cosméticos Natura (13,8%), do grupo Ultrapar (11%) e da operadora do programa de fidelidade Smiles (10,1%). As maiores baixas ficaram com os papéis da siderúrgica CSN (-23,9%), do banco Santander (-19,5%) e da siderúrgica Gerdau (-15,9%).
_
Papel e celulose sobe
Os papéis das exportadoras de papel e celulose dispararam nesta sexta-feira com uma notícia vinda da China. As ações preferenciais da Suzano Papel subiram 5,3%, as ordinárias da Fibria, 5,8%, e as units da Klabin, 1,8%. A empresa Asia Pulp & Paper informou a seus clientes que a nova fábrica — o projeto OKI — não venderá celulose de fibra curta neste ano. A APP vai manter a produção exclusivamente para consumo interno em 2017, até que a qualidade da celulose seja ideal para terceiros.
_
O novo presidente da Klabin
Na Klabin correu também a notícia de que, com a ida de seu atual presidente, Fabio Schvartsman, para o comando da mineradora Vale, o executivo Cristiano Cardoso Teixeira deve substituí-lo. Teixeira entrou na empresa em 2011 como diretor de suprimentos e, em 2015, assumiu a direção das divisões de papelão ondulado, sacos industriais e sack kraft. No início deste ano foi nomeado diretor executivo de conversões e comercial papéis. Graduado em administração e com 43 anos, o executivo tem 20 anos de experiência no setor.
_
O novo plano da Petro
A Petrobras apresentou nesta sexta-feira cinco grupos de ativos que terão os processos de venda reiniciados nas próximas duas semanas para seguir determinações do Tribunal de Contas da União. O comunicado aponta que deverão entrar na nova carteira de desinvestimentos a venda de participação na BR Distribuidora; a venda da concessão dos campos de Baúna e Tartaruga Verde; a venda de participação no campo de Saint Malo, no Golfo do México; a cessão de concessões em águas rasas nos estados de Sergipe e Ceará; e a cessão de conjuntos de campos terrestres. Em 15 de março, o TCU revogou com ressalvas uma medida cautelar que suspendia a venda de ativos da Petrobras, mas obrigou que a maior parte dos processos, inclusive o da BR Distribuidora, voltasse à estaca zero. A estatal ressaltou que as mudanças não interferem no cumprimento da meta de desinvestimentos de 21 bilhões de reais para 2017 e 2018. As ações ordinárias da estatal subiram 0,46%, e as preferenciais, 0,28%, nesta sexta-feira.
_
Bandeira vermelha na energia
A bandeira tarifária de energia terá uma cobrança extra de 3 reais a cada 1.000 kWh consumidos em abril. Será a primeira vez, desde fevereiro, que a bandeira vermelha será acionada. Ao longo de março vigorou a bandeira amarela (cobrança extra de 2 reais). A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção de energia no país aumentou nos últimos meses.
_
Remédios mais caros
O governo federal autorizou um reajuste anual de até 4,76% no preço dos medicamentos por parte dos fabricantes a partir desta sexta-feira. O valor equivale ao IPCA (a inflação oficial do país) entre março de 2016 e fevereiro de 2017. Em 2016, o governo autorizou reajuste de até 12,5% para os medicamentos. O tamanho do reajuste não agradou à indústria farmacêutica. Segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), “os índices não repõem a inflação passada, no acumulado de 12 meses” e são “insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”.
_
Atividade recua
A atividade econômica do Brasil começou o ano pior do que o esperado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,26% em janeiro, na comparação com dezembro (ante estimativa de 0,2%). Considerado a prévia do PIB brasileiro, o IBC-Br caiu 2,53% na comparação com o mesmo mês de 2016. No acumulado em 12 meses, houve queda de 4,40%, sempre em números dessazonalizados.
_
O pior fevereiro
O setor público (União, estados e municípios) registrou um déficit primário de 23,5 bilhões de reais em fevereiro — o pior resultado para esse mês desde 2001 (início da série histórica). Influenciado pelo superávit registrado em janeiro, de 36,7 bilhões de reais, o resultado acumulado no ano foi positivo em 13,2 bilhões de reais — mais do que o dobro do resultado positivo do mesmo período do ano passado, de 4,9 bilhões. A meta fixada na lei orçamentária para este ano é de um déficit de 143,1 bilhões de reais para União, estados e municípios. A Previdência Social teve um rombo de 13,5 bilhões de reais em fevereiro, ante 10,2 bilhões em fevereiro de 2016. Os governos regionais tiveram superávit de 5,2 bilhões de reais em fevereiro.
_
Descontratação de energia
O presidente Michel Temer autorizou a realização de um leilão para descontratar projetos de energia de reserva. Poderão participar do leilão de descontratação usinas contratadas em leilões de energia de reserva que ainda tenham contratos vigentes e que não tenham iniciado operação em teste. O edital será elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Ainda não há data para a licitação.