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Bolsa cai 1,64% no dia e volta a acumular perda no ano

Por Márcio Rodrigues São Paulo - Em uma semana de agenda econômica cheia e de grandes tensões envolvendo países da periferia europeia, assim como a Ásia, o índice Bovespa encerrou esta sexta-feira em baixa de 1,64%, a 68.226,10 pontos, colado à mínima registrada do pregão (-1,65%). Na semana, a queda acumulada foi de 3,76%, voltando […]

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 17h37.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - Em uma semana de agenda econômica cheia e de grandes tensões envolvendo países da periferia europeia, assim como a Ásia, o índice Bovespa encerrou esta sexta-feira em baixa de 1,64%, a 68.226,10 pontos, colado à mínima registrada do pregão (-1,65%). Na semana, a queda acumulada foi de 3,76%, voltando a registrar perdas no ano, de 0,53%. O tom dos negócios nesta sexta-feira continuou sendo ditado pelo medo do contágio da crise de dívida soberana que começou na Grécia e chegou à Irlanda, com o mercado temendo a situação de Portugal e Espanha. Não obstante, cresce o sentimento de que a China fará em breve um aperto monetário para conter a inflação no país, o que mexe diretamente com a perspectiva de demanda por commodities, afetando a cotação das matérias-primas. O fato novo esta semana, que ampliou a aversão ao risco, veio do enfrentamento entre as Coreias do Sul e do Norte.

No mês de novembro, a Bolsa brasileira acumula perda de 3,46%. O volume financeiro hoje continuou fraco, em R$ 4,43 bilhões, em parte atribuído ao pregão mais curto das Bolsas dos Estados Unidos. No dia seguinte ao feriado de Ação de Graças nos EUA, os norte-americanos foram às lojas, na chamada Black Friday, que marca o início da temporada de compras de fim de ano nos EUA.

O movimento de vendas de ações no mercado doméstico, porém, foi acentuado pela queda na cotação das commodities. A certeza em relação a um aperto monetário na China é cada vez maior e as empresas exportadoras de matérias-primas do Ibovespa foram penalizadas. Por isso, a China deve concentrar parte das atenções do mercado na próxima semana.

Na Europa, pouco adiantou Portugal e Espanha se apressarem em declarar que não há a necessidade de um resgate financeiro combinado entre o FMI e a UE, uma vez que as bolsas por lá continuaram amargando perdas. Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 174,60 pontos (-1,80%), a 9.547,20 pontos. Já na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 recuou 46,38 pontos (-0,61%), fechando em 7.581,80 pontos.

Na próxima semana, por sinal, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália, Alemanha e França devem recorrer ao mercado primário para levantar recursos, mantendo outra parte do foco dos investidores nos problemas da Europa. Um total estimado de 23 bilhões de euros em títulos de tais governos deve ser apresentado aos investidores na Europa, excedendo a média semanal de 18,9 bilhões de euros, segundo cálculo do estrategista do Commerzbank, David Schnautz.

A queda das commodities acentuou as perdas da Bolsa brasileira. As produtoras de metais e de petróleo figuram entre os destaques de maiores baixas. Petrobras PN caiu 1,01%, Petrobras ON recuou 0,98% e OGX ON teve baixa de 2,11%. Vale ON e Vale PNA caíram 1,51% e 1,48%, respectivamente.

Nos Estados Unidos, as bolsas encerraram a sessão às 16h (de Brasília). O índice Dow Jones fechou em queda de 95,28 pontos (-0,85%), em 11.092,00 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 8,56 pontos (-0,34%), em 2.534,56 pontos. O S&P-500 fechou em queda de 8,95 pontos (-0,75%), em 1.189,40 pontos.

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