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Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2010 às 04h35.
Por Alex Richardson
CINGAPURA, 8 de setembro (Reuters) - As bolsas de valores
da Ásia recuaram nesta quarta-feira, com os grandes
exportadores do Japão registrando as maiores perdas diante da
alta do iene para nova máxima em 15 anos.
A bolsa de TÓQUIO encerrou em baixa de 2,2 por
cento, com os setores de equipamentos elétricos, varejo e
veículos tendo os maiores pesos sobre o índice Nikkei.
A Honda caiu 2,9 por cento e a empresa de chips
Advantest recuou 4,2 por cento depois que o iene foi
negociado a 83,66, perto do maior patamar em 15 anos, de 83,51,
atingido na terça-feira.
"O dólar caindo abaixo de 84 ienes neutralizou
completamente qualquer força positiva gerada pelo salto nas
encomendas de máquinas", disse Masayoshi Okamoto, da Jujiya
Securities.
O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com
exceção do Japão registrava queda de 0,54 por
cento às 7h33 (horário de Brasília).
Presocupações sobre os bancos europeus ressurgiram na
terça-feira quando o Wall Street Journal publicou que algumas
grandes instituições subavaliaram ativos de dívidas
potencialmente arriscadas de governos durante os "testes de
estresse" realizados para avaliar a capacidade dos bancos de
enfrentar crises.
A Irlanda adicionou nervosismo ao ampliar garantias para
dívidas de curto prazo de bancos em meio a temores sobre
escalada do custo de recuperação do nacionalizado Anglo Irish.
"Os investidores se mantêm claramente preocupados sobre o
peso das dívidas soberanas de uma série de nações periféricas
da zona do euro e, como resultado, ainda têm interesse em
reduzir suas exposições ao euro", afirma o BNY Mellon em nota.
"Por outro lado, eles também têm pouca fé no cenário econômico
dos Estados Unidos e estão reduzindo exposições de maneira
contínua."
A bolsa de XANGAI encerrou em baixa de 0,11 por
cento, SEUL teve queda de 0,48 por cento, HONG KONG
se desvalorizou em 1,46 por cento e TAIWAN caiu
0,42 por cento.
O mercado em SYDNEY teve queda de 0,79 por cento e
CINGAPURA apurou perda de 0,81 por cento.