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Boa Safra (SOJA3) tem alta de 205,6% na receita no 2T22

Os investimentos da Boa Safra aumentaram 480% na comparação anual, chegando em R$ 100,15 milhões no segundo trimestre do ano

Boa Safra (SOJA3) (Boa Safra/Exame)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 20h57.

Última atualização em 11 de novembro de 2022 às 15h56.

A Boa Safra (SOJA3) divulgou nesta segunda-feira, 15, os resultados do segundo trimestre de 2022.

A receita operacional líquida da Boa Safra entre abril e junho de 2022 foi de R$ 125,31 milhões, alta de 205,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha sido de R$ 41,0 milhões.

Entretanto, o lucro líquido caiu 47,5% na comparação anual, passando de R$ 17,48 milhões entre abril e junho de 2021 contra R$ 6,58 milhões no mesmo período deste ano.

Os custos dos produtos vendidos aumentaram 483,9%, chegando em R$ 114,03 milhões, contra os R$ 19,53 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 7,32 milhões, em queda de 59,3% na comparação anual.

A margem Ebitda caiu 37,97 pontos percentuais, passando de 43,81% no segundo trimestre de 2021 para 5,84% no mesmo período de 2022.

Os investimentos da Boa Safra aumentaram 480% na comparação anual, chegando em R$ 100,15 milhões no segundo trimestre do ano.

A dívida líquida aumentou R$ 361,43 milhões, passando de uma dívida líquida negativa de R$ 49,6 milhões para uma dívida líquida de R$ 311,76 milhões no segundo trimestre deste ano.

A relação dívida líquida/EBITDA - que mede a alavancagem de uma empresa - nos doze meses que terminaram no dia 30 de junho de 2022 passou de -0,47x para 2,64x.

Segundo a Boa Safra, esses aumentos ocorrem devido a utilização do caixa para as obras de expansão e por causa do aumento endividamento de curto prazo.

CEO da Boa Safra (SOJA3) considera os resultados como satisfatórios

Para o co-fundador e CEO da Boa Safra, Marino Colpo, o resultado é satisfatório, considerando o ciclo de atividade da empresa.

"A Boa Safra, assim como o setor do agronegócio em geral, apresenta sazonalidade na operação. O primeiro e o segundo trimestre não são tão importantes para a empresa, pois são a época em que a gente está comprando matéria prima. No segundo trimestre vendemos o descarte dela. Nosso grande faturamento é no terceiro e no quarto trimestre. Os primeiros dois trimestres são de despesas", salientou Marino em entrevista exclusiva à EXAME.

Segundo o CEO, o número realmente importante para a empresa é o dos pedidos em carteira, onde se mostra quando foi vendido em sementes.

"Temos em carteira nosso maior pedido da história, com R$ 831 milhões que esperamos faturar nos dois próximos trimestres, alta de 52% em relação ao mesmo período do ano passado. Com esses números estamos bem animados com o terceiro e quarto trimestre", disse o executivo.

Segundo o CEO da Boa Safra, a empresa está investindo pesado em tecnologia, com 90% das sementes que serão vendidas com componentes de biotecnologia própria, frente aos 80% do ano passado.

Falando sobre dividendos, Marino antecipou como a Boa Safra vai distribuir dividendos até o final do ano, na previsão de 10% indicada estatutariamente.

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