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BlackRock vê apostas otimistas demais em cortes de juros do Fed

O vice-chairman da BlackRock, Philipp Hildebrand, disse que as apostas dos investidores em cortes de juros nos EUA podem ser excessivas

BlackRock: "A inflação de bens vai continuar a cair muito rapidamente" (Shannon Stapleton/Reuters)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 13h50.

Última atualização em 15 de janeiro de 2024 às 15h35.

O vice-chairman da BlackRock, Philipp Hildebrand, disse que as apostas dos investidores em cortes de juros nos EUA podem ser excessivas se a inflação se mostrar mais persistente do que o esperado.

O ex-presidente do Banco Nacional Suíço disse que o rápido abrandamento da alta de preços ao consumidor dá aos mercados uma falsa sensação de segurança em relação às pressões subjacentes, mas que ainda há pressão sobre os serviços.

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“A inflação de bens vai continuar a cair muito rapidamente — temos agora números negativos — e isso reduz drasticamente os números de inflação”, disse ele em entrevista à TV Bloomberg durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. “Com isso, os mercados já precificam o que considero serem provavelmente cortes excessivos de juros nos EUA.”

Os juros futuros americanos precificam seis reduções de um quarto de ponto percentual do Federal Reserve este ano e mais de 50% de probabilidade de um sétimo corte, de acordo com swaps vinculados às datas das reuniões de política monetária. O primeiro corte está previsto para maio.

Hildebrand alertou que os investidores descobrirão em breve que essa perspectiva está errada.

“Estou um pouco preocupado que estamos precificados para uma quase perfeição, uma espécie de pouso suave quase perfeito, onde a inflação deixou de ser um problema”, disse ele. “Em algum momento vamos perceber que não é tão fácil estabilizar os preços para as metas de inflação de 2%.”

Hildebrand alertou que os aumentos de preços de serviços ainda persistem e que os salários continuam a ter fortes aumentos.

“Haverá fraqueza na economia, não há dúvida sobre isso, mas penso que o que os bancos centrais irão descobrir, particularmente nos EUA, é que não terão tanto espaço para cortar como está atualmente previsto.”

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