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Bitcoin persegue marca de US$ 10.000 e desafia céticos

O preço da maior criptomoeda em valor de mercado está subindo à medida que ela ganha mais atenção popular apesar dos alertas de bolha

Bitcoin: valorização de 45% nas últimas duas semanas (zcopley/Flickr)

Rita Azevedo

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 16h18.

O bitcoin não mostra sinal de desaceleração: ultrapassou a casa dos US$ 9.500 uma semana após atingir US$ 8.000 e está cada vez mais próximo dos cinco dígitos em dólares.

O preço da maior criptomoeda em valor de mercado está subindo à medida que ela ganha mais atenção popular apesar dos alertas de bolha em relação a algo que nem todos concordam que se trate de um ativo. Desde executivos de Wall Street até capitalistas de risco, os observadores estão entrando no debate, alguns mais céticos que outros.

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O bitcoin subiu cerca de 45 por cento nas últimas duas semanas. Para efeito de comparação, o S&P 500 obteve um aumento semelhante no acumulado de fevereiro de 2014 até hoje.

“A alta dos preços do bitcoin no fim de semana é apenas a continuação de uma sequência de alta de longo prazo da criptomoeda, impulsionada pelo tsunami de negociação especulativa nas bolsas japonesas e pela entrada de investidores institucionais em todo o mundo”, disse Thomas Glucksmann, chefe de marketing em Hong Kong da bolsa de criptomoedas Gatecoin. “O mais provável é que a estratosfera psicológica de US$ 10.000 empurre mais investidores institucionais para a mistura.”

A rápida apreciação tem dificultado a tarefa de analistas e investidores otimistas de manterem suas previsões atualizadas.

O gerente de hedge fund Mike Novogratz, que está criando um fundo de US$ 500 milhões para investir em criptomoedas, afirmou na semana passada que o bitcoin encerraria o ano a US$ 10.000. Um dia depois, o chefe de pesquisa da Fundtrat, Thomas Lee, dobrou sua meta de preço para US$ 11.500 em meados de 2018.

Em medida direcionada ao investimento mais geral, a CME Group anunciou que planeja começar a oferecer contratos de futuros para bitcoin, que poderiam começar a ser negociados em dezembro. O JPMorgan Chase, maior banco dos EUA, avaliava na semana passada se deveria ajudar os clientes a apostarem no bitcoin por meio desses contratos de futuros propostos, segundo uma pessoa informada sobre a situação.

O aumento do valor do bitcoin está forçando os bancos de Wall Street a equilibrarem o interesse dos clientes em especular com a criptomoeda com o ceticismo dos executivos em relação ao seu futuro. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, tem sido um dos críticos mais destacados do bitcoin, chamando a moeda digital de fraude e seus compradores de “burros”, enquanto sua diretora de finanças, Marianne Lake, usou um tom mais comedido. Disse que a empresa mantém “a cabeça aberta” em relação aos usos potenciais de moedas digitais, desde que adequadamente reguladas, afirmou no mês passado.

A capitalização de mercado total das moedas digitais atualmente é de mais de US$ 300 bilhões, segundo dados do website Coinmarketcap.com.

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