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BC acha insustentável manter oferta atual de swap até eleição, diz fonte

Avaliação interna é que um montante mais elevado de swap deve ser usado só em momentos específicos, segundo fonte do alto escalão do BC a par do assunto

Pessoa manuseia notas de dólar 23/05/2018 (Sertac Kayar/Reuters) (Sertac Kayar/Reuters)

Pessoa manuseia notas de dólar 23/05/2018 (Sertac Kayar/Reuters) (Sertac Kayar/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 20 de junho de 2018 às 12h12.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 12h13.

O volume de novos contratos de swap cambial que o Banco Central está ofertando para reduzir a volatilidade do câmbio nas duas últimas semanas não pode continuar no mesmo ritmo até as eleições, disse uma fonte do alto escalão do Banco Central a par do assunto sob condição de anonimato.

A manutenção do ritmo atual da oferta de novos contratos de swap até outubro significaria um estoque maior do que o volume atual de reservas internacionais.

A avaliação interna do BC é a de que um montante mais elevado de swap, como o colocado atualmente, deve ser usado em momentos específicos e não de forma contínua.

O Banco Central continua disposto a usar reservas para atuar no câmbio em caso de necessidade, disse a fonte, e está atento à possível reação do mercado durante as eleições.

Em nota enviada à Bloomberg, o BC diz que "não reconhece qualquer declaração feita ‘off-the-record’, especialmente por alguma pretensa ‘alta fonte do BCB’, de acordo com comunicado público de 1º de novembro de 2016, publicado em sua página na Internet".

A fonte avalia ainda que as ações do BC nas duas últimas semanas tiveram o efeito esperado de reduzir a volatilidade do câmbio.

Na sexta-feira passada, a autoridade monetária finalizou a colocação de US$ 24,5 bilhões em novos contratos de swap cambial como prometido ao mercado. Para esta semana, o BC estimou mais US$ 10 bilhões.

O objetivo é aliviar a volatilidade do dólar, que chegou perto de R$ 4,00 em razão das incertezas externas, provocada pela alta de juros nos EUA, e internas, diante da fragilidade fiscal e da economia, agravada pela greve dos caminhoneiros e a indefinição eleitoral.

A avaliação interna do BC é a de que o apoio popular à greve dos caminhoneiros e o fim da agenda de reformas impulsionou movimento de volatilidade do mercado.

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