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Bancos e Petrobras puxam queda da bolsa com cena política

Na visão da equipe da Guide Investimentos, o pregão local pode seguir o quadro menos favorável do exterior, corrigindo movimentos recentes


	Trabalhadores em estação de Niterói da Petrobras: às 10h18, o Ibovespa caía 0,62 por cento, a 53.376 pontos
 (Mario Tama/ Getty Images)

Trabalhadores em estação de Niterói da Petrobras: às 10h18, o Ibovespa caía 0,62 por cento, a 53.376 pontos (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 11h07.

São Paulo - São Paulo - A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quarta-feira diante de um cenário exterior sem viés claro, alguma cautela com o ambiente político no país e início da safra de resultados de primeiro trimestre de empresas listadas no Ibovespa.

O forte avanço de ações de mineração e siderurgia atenuava a pressão negativa imposta particularmente pela queda dos papéis de bancos privados. Às 10:55, o Ibovespa caía 0,69%, a 53.340,01 pontos. O volume financeiro era de 1,2 bilhão de reais.

Na visão da equipe da Guide Investimentos, o pregão local pode seguir o quadro menos favorável do exterior, corrigindo movimentos recentes. O Ibovespa acumula ganho ao redor de 7% em abril e supera alta de 20% em 2016.

No panorama político, o mercado analisa possíveis nomes que poderiam integrar o governo caso o Senado também aprove o impeachment da presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer (PMDB), assuma a presidência.

"A dificuldade que um próximo governo terá - não só na composição, mas no enfrentamento dos problemas - é algo que volta à tona", ressaltou a corretora Guide em nota distribuída a clientes.

Agentes financeiros também monitoram sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil.

No exterior, as commodities não mostravam uma direção comum, enquanto pregões na Europa e as bolsas nos Estados Unidos oscilavam ao redor da estabilidade, tendo balanços corporativos também sob os holofotes.

Destaques

ITAÚ UNIBANCO caía 1,37%, também pressionando o Ibovespa, em sessão negativa para o setor bancário como um todo, com BRADESCO cedendo 1% e BANCO DO BRASIL perdendo 1,14%.

PETROBRAS tinha as preferenciais em queda de 1% e as ordinárias em baixa de 0,16%, na esteira do recuo dos preços do petróleo no exterior e da trégua na euforia política, conforme os papéis acumulam no mês alta ao redor de 15% cada.

VALE tinha as preferenciais em alta de 2,6% e as ordinárias subindo 2,4%, limitando o efeito negativo no índice, após forte alta dos preços do minério de ferro e antes de dados de produção do primeiro trimestre, previstos para após o fechamento.

CSN avançava 3,5%, também na esteira do movimento do minério na China, que refletiu o rali nos preços do aço. 

Na véspera, a entidade que representa distribuidores de aço no Brasil, o Inda, disse que, em um mês, as siderúrgicas elevaram o preço do aço em 25%.

MRV caía 4%, entre as maiores baixas, conforme os números operacionais do primeiro trimestre mostraram que as vendas e lançamentos foram afetados pela recessão no país e mudança de alguns parâmetros na terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida.

WEG subia 1,4%, após abrir a safra de balanços das companhias listadas no Ibovespa com lucro líquido de 282,4 milhões de reais no primeiro trimestre, avanço de 14,9% sobre o mesmo período do ano anterior, puxado por maior receita no exterior na comparação anual.

Matéria atualizada às 11h04

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