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Bancos e Petrobras pressionam e Bovespa fecha em baixa de 1%

Segundo dados preliminares, o Ibovespa fechou em baixa de 1,11 por cento, a 53.780 pontos, no sentido inverso das bolsas europeias

Bovespa: giro financeiro foi de 5,28 bilhões de reais (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 16h45.

São Paulo - A bolsa brasileira teve uma sessão de queda firme durante todo o pregão e fechou no vermelho esta quarta-feira, diante do desapontamento do mercado com os resultados trimestrais do Banco do Brasil e com o fato da Petrobras não ter anunciado um aguardado aumento nos preços dos combustíveis na véspera.

O Ibovespa recuou 1,26 por cento, a 53.698 pontos, no sentido contrário dos mercados externos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,9 bilhões de reais.

Com queda de 7,9 por cento, a ação do Banco do Brasil liderou as perdas do Ibovespa.

A instituição teve lucro líquido maior no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, mas o resultado veio abaixo da média de projeções do mercado e a instituição reduziu a perspectiva para o crescimento de sua carteira de crédito em 2014.

"O mercado pode ter comprado uma expectativa ontem que não se traduziu nos números hoje", disse o analista da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira.

A ação do Banco do Brasil fechou na véspera com valorização de 5 por cento em antecipação ao balanço. "O Banco do Brasil não teve um resultado tão animador quanto Itaú Unibanco e Bradesco ", acrescentou Pereira.

Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro do Banco do Brasil foi de 2,885 bilhões de reais. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para um resultado recorrente de 3,014 bilhões de reais.

Os papéis de BR Malls e TIM Participações também recuaram na esteira de seus resultados trimestrais.

Além disso, o presidente da TIM negou nesta quarta que haja qualquer tipo de negociação ou acordo para a venda da operadora, diante de reportagens segundo as quais Oi, Vivo e Claro teriam fechado um acordo para uma oferta de compra da empresa.

Ambas as ações da Petrobras recuaram quase 3 por cento, constando entre as principais influências de baixa do Ibovespa.

A estatal frustrou investidores ao informar ao fim de reunião de seu Conselho de Administração na véspera que "até o momento" não há decisão quanto ao amplamente aguardado reajuste no preço da gasolina e do diesel.

Notícias da mídia, contudo, afirmaram que a Petrobras já teria recebido o aval do governo federal para elevar os preços, embora o percentual não tenha sido fechado na reunião.

Outra baixa significativa foi CCR. A subsidiária Autoban teve suspensa a liminar que lhe garantia o reajuste integral de pedágios conforme prevê o contrato de concessão.

No sentido oposto, América Latina Logística teve a maior alta do dia, de 4 por cento, após a Cosan Logística informar que a companhia recebeu aprovação da Agência Nacional de Transportes (ANTT) para a incorporação da empresa pela Rumo.

Participantes do mercado citaram ainda a indefinição sobre a equipe econômica da presidente reeleita Dilma Rousseff como motivo para o pregão fraco, à medida que investidores seguem no compasso de espera.

No cenário externo, dados mostrando que o crescimento do setor de serviços da China em outubro enfraqueceu se somaram às preocupações do mercado sobre a economia do gigante asiático.

Texto atualizado às 17h44min do mesmo dia, para adicionar informações do fechamento de mercado.

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São Paulo - A bolsa brasileira teve uma sessão de queda firme durante todo o pregão e fechou no vermelho esta quarta-feira, diante do desapontamento do mercado com os resultados trimestrais do Banco do Brasil e com o fato da Petrobras não ter anunciado um aguardado aumento nos preços dos combustíveis na véspera.

O Ibovespa recuou 1,26 por cento, a 53.698 pontos, no sentido contrário dos mercados externos. O giro financeiro do pregão totalizou 5,9 bilhões de reais.

Com queda de 7,9 por cento, a ação do Banco do Brasil liderou as perdas do Ibovespa.

A instituição teve lucro líquido maior no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, mas o resultado veio abaixo da média de projeções do mercado e a instituição reduziu a perspectiva para o crescimento de sua carteira de crédito em 2014.

"O mercado pode ter comprado uma expectativa ontem que não se traduziu nos números hoje", disse o analista da Guide Investimentos Luis Gustavo Pereira.

A ação do Banco do Brasil fechou na véspera com valorização de 5 por cento em antecipação ao balanço. "O Banco do Brasil não teve um resultado tão animador quanto Itaú Unibanco e Bradesco ", acrescentou Pereira.

Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro do Banco do Brasil foi de 2,885 bilhões de reais. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para um resultado recorrente de 3,014 bilhões de reais.

Os papéis de BR Malls e TIM Participações também recuaram na esteira de seus resultados trimestrais.

Além disso, o presidente da TIM negou nesta quarta que haja qualquer tipo de negociação ou acordo para a venda da operadora, diante de reportagens segundo as quais Oi, Vivo e Claro teriam fechado um acordo para uma oferta de compra da empresa.

Ambas as ações da Petrobras recuaram quase 3 por cento, constando entre as principais influências de baixa do Ibovespa.

A estatal frustrou investidores ao informar ao fim de reunião de seu Conselho de Administração na véspera que "até o momento" não há decisão quanto ao amplamente aguardado reajuste no preço da gasolina e do diesel.

Notícias da mídia, contudo, afirmaram que a Petrobras já teria recebido o aval do governo federal para elevar os preços, embora o percentual não tenha sido fechado na reunião.

Outra baixa significativa foi CCR. A subsidiária Autoban teve suspensa a liminar que lhe garantia o reajuste integral de pedágios conforme prevê o contrato de concessão.

No sentido oposto, América Latina Logística teve a maior alta do dia, de 4 por cento, após a Cosan Logística informar que a companhia recebeu aprovação da Agência Nacional de Transportes (ANTT) para a incorporação da empresa pela Rumo.

Participantes do mercado citaram ainda a indefinição sobre a equipe econômica da presidente reeleita Dilma Rousseff como motivo para o pregão fraco, à medida que investidores seguem no compasso de espera.

No cenário externo, dados mostrando que o crescimento do setor de serviços da China em outubro enfraqueceu se somaram às preocupações do mercado sobre a economia do gigante asiático.

Texto atualizado às 17h44min do mesmo dia, para adicionar informações do fechamento de mercado.

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