Mercados

Banco cria ETF de empresas que promovem direitos LGBT

A marca do UBS é algo de que o novo fundo precisará para se destacar na multidão de ETFs com consciência social que chegaram ao mercado nos últimos meses

LGBT: ETF terá taxa de administração de US$ 65 para cada US$ 1.000 investidos (lisafx/Thinkstock)

LGBT: ETF terá taxa de administração de US$ 65 para cada US$ 1.000 investidos (lisafx/Thinkstock)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 14 de janeiro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 2 de março de 2018 às 18h31.

O UBS Group está criando um fundo negociado em bolsa que investirá em empresas que promoverem igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros no ambiente de trabalho.

O InsightShares LGBT Employment Equality ETF, primeiro ETF do UBS nos EUA, começou a ser negociado na última quinta-feira com o ticker PRID, disse Rich Cea, diretor-executivo de produtos negociados em bolsa do UBS.

Mas o banco com sede em Zurique não administrará o fundo. Essa responsabilidade ficará com a Exchange Traded Concepts, uma empresa especializada em levar novos fundos ao mercado. Em vez disso, o UBS fornecerá o índice monitorado pelo fundo -- e, fundamentalmente, a marca InsightShares.

“Somos o provedor do índice e somos o provedor da marca porque buscamos a liderança em ETFs com consciência social”, disse Cea. “Este é um segmento do mercado em que acreditamos que há oportunidade para quem conseguir projetar estratégias de valor agregado.”

Apesar de este ser o primeiro empreendimento do UBS no mercado de ETFs dos EUA, as notas negociadas em bolsa da instituição -- uma prima dos ETFs normalmente emitidos por bancos -- administram mais de US$ 7 bilhões.

A marca do UBS é algo de que o novo fundo precisará para se destacar na multidão de ETFs com consciência social, baseados em valores, focados em impacto e ecológicos que chegaram ao mercado nos últimos 12 meses.

O PRID acompanhará um índice baseado em um indicador de igualdade corporativa da Human Rights Campaign Foundation. As empresas dessa referência devem ter capitalização de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão e receita operacional positiva nos 12 meses anteriores. Além disso, uma fatia da receita do fundo será doada para uma instituição de caridade relacionada ao segmento LGBT todos os anos.

É claro que fazer a coisa certa não sai barato. O PRID terá taxa de administração de US$ 65 para cada US$ 1.000 investidos. É menos, contudo, que os US$ 75 cobrados pelo Alps Workplace Equality Portfolio Fund, EQLT, também focado em direitos LGBT.

O banco suíço planeja outros fundos com a marca InsightShares focados em “líderes globais em sustentabilidade”’ e “militares veteranos”, também emitidos pela Exchange Traded Concepts, segundo comunicados ao mercado.

Acompanhe tudo sobre:ETFsLGBTTransgêneros

Mais de Mercados

Reunião de Lula e Haddad e a escolha de Scott Bessent: os assuntos que movem o mercado

Do dólar ao bitcoin: como o mercado reagiu a indicação de Trump para o Tesouro?

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3