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Banco central da China prevê fortalecimento do dólar e inflação

PEQUIM - O banco central da China disse na sexta-feira que prevê o fortalecimento do dólar este ano, mas levantou a possibilidade de bolhas de ativos e inflação mundiais. Em um relatório extenso sobre os mercados financeiros globais, o Banco Popular da China também avisou que enormes empréstimos bancários podres ocultos no Ocidente podem representar […]

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2010 às 08h41.

PEQUIM - O banco central da China disse na sexta-feira que prevê o fortalecimento do dólar este ano, mas levantou a possibilidade de bolhas de ativos e inflação mundiais.

Em um relatório extenso sobre os mercados financeiros globais, o Banco Popular da China também avisou que enormes empréstimos bancários podres ocultos no Ocidente podem representar uma ameaça à economia global.

Embora seja provável que o dólar volte a subir este ano se o Federal Reserve elevar seus juros antes que as outras grandes economias--e se os problemas de dívida soberana na zona do euro persistirem--, os enormes déficits fiscais e comerciais dos EUA podem limitar seus ganhos.

"Portanto, mesmo que o dólar se recupere, a recuperação não será muito forte."

O banco central chinês disse que as políticas monetárias ultra frouxas, que incluem a flexibilização quantitativa adotada por grandes bancos centrais, injetaram enorme liquidez nos mercados financeiros globais.

"A partir do momento em que a economia real melhorar, a liquidez maciça que está sendo liberada vai sem dúvida intensificar a pressão inflacionária", disse o banco.

"Os bancos centrais do mundo enfrentam a tarefa urgente de evitar a formação de bolhas de ativos e inflação."

O banco central chinês também destacou o risco de rebaixamento das classificações de crédito soberano de algumas grandes economias, incluindo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.

Com relação à energia e às commodities, o banco central prevê aumentos modestos nos preços do petróleo cru, já que a recuperação econômica mundial é frágil, enquanto a margem de elevação dos preços do ouro é modesta.

"Ainda existem fatores que podem empurrar os preços do ouro para cima em 2010, mas os repetidos recordes altos dos preços do ouro vão reduzir a demanda", disse a instituição.

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