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Banca e energia pressionam bolsa e Europa afunda com FMI

Banca portuguesa acompanhou o movimento negativo das pares europeias, mas foi também pressionada pelos comentários da Moody's

Bolsa de Lisboa: pressão da banca e das energéticas levaram a bolsa portuguesa ao vermelho (Mario Proenca/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 13h17.

Lisboa - A pressão da banca e das energéticas levaram a Bolsa nacional a fechar no 'vermelho', uma descida que só não foi maior devido ao travão da Portugal Telecom e Jerónimo Martins, tendo a Europa tocado em mínimos depois do FMI ter cortado as previsões de crescimento global.

A banca portuguesa acompanhou o movimento negativo das pares europeias, mas foi também pressionada pelos comentários da Moody's.

O BPI recuou 3,15 pct para 1,509 euros, o Banif caiu 2,6 pct para 0,0075 euros e o Millennium bcp perdeu 0,9 pct para 0,0989 euros. O índice sectorial caiu 1,6 pct.

A agência de rating manteve o 'outlook' negativo para o sistema bancário nacional, devido à solução regulatória encontrada para o Novo Banco, realçando que esta resolução, introduzida, pela União Europeia, aumenta os riscos para credores de dívida senior.

Pressão adicional por parte das energéticas, tendo a EDP caído 0,96 pct para 3,311 euros e a Galp recuado 0,57 pct para 12,21 euros.

A Mota-Engil afundou 4,57 pct para 4,49 euros.

Pela positiva e a 'travar' maiores quedas no índice, destacaram-se a Jerónimo Martins e a Portugal Telecom .

A retalhista fez um movimento de recuperação das fortes quedas recentes e acelerou 2,4 pct para 8,335 euros, enquanto a telecom subiu 1 pct para 1,647 euros, impulsionada ainda por notícias de fusões e aquisições.

A brasileira Oi, com quem a PT está em processo de fusão, disse hoje que ainda não tomou qualquer decisão sobre a venda dos activos em Portugal, pelos quais não recebeu, de resto, qualquer proposta de compra até agora.

Este esclarecimento surge depois da especulação de que a francesa Altice -- dona da ONI e da Cabovisão em Portugal -- estaria em conversações com os brasileiros para comprar os activos portugueses da Oi.

O índice de referência nacional PSI20 fechou a descer 0,54 pct para 5.507 pontos, com 13 dos actuais 18 títulos em queda. Foram negociados um total de 500 milhões de acções na NYSE Euronext Lisbon, ou 123 milhões de euros (ME).

No mercado de dívida soberana, a taxa de juro das Obrigações do Tesouro de Portugal a 10 anos sobem um ponto base para 3,05 pct, em vésperas de um importante leilão de Obrigações do Tesouro com maturidade em Junho de 2020, com um montante máximo de 1.000 ME

Europa em mínimos

Os principais mercados accionistas europeus encerraram em mínimos de um mês e meio, com quedas de até xxx , depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter cortado as previsões para a economia global e para as três maiores regiões da zona euro.

No outlook económico mundial, o FMI reviu em baixa o crescimento global para 3,3 pct em 2014 e 3,8 pct em 2015, quando antes estimava 3,4 pct para este ano e 4 pct para o próximo.

No caso da Alemanha, considerado o 'motor' de crescimento da Europa, o FMI destacou que a recuperação da rpocura interna está a fazer-se de uma forma mais lenta que o esperado, tendo cortado também as previsões de crescimento da maior economia do euro.

O FMI estima agora um crescimento de 1,4 pct para 2014, quando anteriormente previa uma expansão de 1,9 pct, enquanto para 2015, a estimativa é agora de 1,5 pct, versus 1,7 pct antes.

O corte de estimativas por parte do FMI, aliado à queda da produção industrial e das ecomendas à industria leva os investidores a pensar que o 'motor' da europa está a perder força e aumenta a pressão para que o Banco Central Europeu faça mais para estimular as economias da zona euro.

Do outro lado do Atlântico, o Dow Jones recua 0,9 pct e o Nasdaq perde 0,8 pct..

Também os preços do petróleo seguem em queda, estando o contrato do Brent, em Londres, a descer 1,5 pct para 91,44 dólares, e o Nymex, em Nova Iorque, a cair 1,2 pct para 89,28 dólares o barril.

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O BPI recuou 3,15 pct para 1,509 euros, o Banif caiu 2,6 pct para 0,0075 euros e o Millennium bcp perdeu 0,9 pct para 0,0989 euros. O índice sectorial caiu 1,6 pct.

A agência de rating manteve o 'outlook' negativo para o sistema bancário nacional, devido à solução regulatória encontrada para o Novo Banco, realçando que esta resolução, introduzida, pela União Europeia, aumenta os riscos para credores de dívida senior.

Pressão adicional por parte das energéticas, tendo a EDP caído 0,96 pct para 3,311 euros e a Galp recuado 0,57 pct para 12,21 euros.

A Mota-Engil afundou 4,57 pct para 4,49 euros.

Pela positiva e a 'travar' maiores quedas no índice, destacaram-se a Jerónimo Martins e a Portugal Telecom .

A retalhista fez um movimento de recuperação das fortes quedas recentes e acelerou 2,4 pct para 8,335 euros, enquanto a telecom subiu 1 pct para 1,647 euros, impulsionada ainda por notícias de fusões e aquisições.

A brasileira Oi, com quem a PT está em processo de fusão, disse hoje que ainda não tomou qualquer decisão sobre a venda dos activos em Portugal, pelos quais não recebeu, de resto, qualquer proposta de compra até agora.

Este esclarecimento surge depois da especulação de que a francesa Altice -- dona da ONI e da Cabovisão em Portugal -- estaria em conversações com os brasileiros para comprar os activos portugueses da Oi.

O índice de referência nacional PSI20 fechou a descer 0,54 pct para 5.507 pontos, com 13 dos actuais 18 títulos em queda. Foram negociados um total de 500 milhões de acções na NYSE Euronext Lisbon, ou 123 milhões de euros (ME).

No mercado de dívida soberana, a taxa de juro das Obrigações do Tesouro de Portugal a 10 anos sobem um ponto base para 3,05 pct, em vésperas de um importante leilão de Obrigações do Tesouro com maturidade em Junho de 2020, com um montante máximo de 1.000 ME

Europa em mínimos

Os principais mercados accionistas europeus encerraram em mínimos de um mês e meio, com quedas de até xxx , depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter cortado as previsões para a economia global e para as três maiores regiões da zona euro.

No outlook económico mundial, o FMI reviu em baixa o crescimento global para 3,3 pct em 2014 e 3,8 pct em 2015, quando antes estimava 3,4 pct para este ano e 4 pct para o próximo.

No caso da Alemanha, considerado o 'motor' de crescimento da Europa, o FMI destacou que a recuperação da rpocura interna está a fazer-se de uma forma mais lenta que o esperado, tendo cortado também as previsões de crescimento da maior economia do euro.

O FMI estima agora um crescimento de 1,4 pct para 2014, quando anteriormente previa uma expansão de 1,9 pct, enquanto para 2015, a estimativa é agora de 1,5 pct, versus 1,7 pct antes.

O corte de estimativas por parte do FMI, aliado à queda da produção industrial e das ecomendas à industria leva os investidores a pensar que o 'motor' da europa está a perder força e aumenta a pressão para que o Banco Central Europeu faça mais para estimular as economias da zona euro.

Do outro lado do Atlântico, o Dow Jones recua 0,9 pct e o Nasdaq perde 0,8 pct..

Também os preços do petróleo seguem em queda, estando o contrato do Brent, em Londres, a descer 1,5 pct para 91,44 dólares, e o Nymex, em Nova Iorque, a cair 1,2 pct para 89,28 dólares o barril.

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