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B2W volta a frustrar mercado com prejuízo e ação cai quase 7%

Empresa teve prejuízo líquido de R$ 42,8 milhões para o primeiro trimestre

A ação da B2W sofre os efeitos do resultado novamente negativo (Luis Ushirobira/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2012 às 14h36.

São Paulo - Em uma teleconferência com fraca participação de analistas e investidores, a empresa de comércio eletrônico B2W voltou a afirmar nesta quarta-feira que acredita em uma maior recuperação de suas operações no longo prazo, apoiada em investimentos em logística e tecnologia, e melhor relacionamento com clientes.

A dona dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime apresentou na véspera prejuízo líquido de 42,8 milhões de reais para o primeiro trimestre, bem superior à perda de 1,6 milhão de reais apurada um ano antes.

A companhia atribuiu o desempenho à revisão e reorganização de suas operações -processo em curso há vários trimestres-, buscando melhorar seu relacionamento com clientes.

De fato, a empresa de comércio eletrônico reduziu nos três primeiros meses do ano o número de reclamações no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) praticamente pela metade em um ano. Já no site Reclame Aqui, ligado ao Procon, as queixas diminuíram em 39 por cento.

Segundo o diretor de Relações com Investidores da B2W, François Bloquiau, novas iniciativas, envolvendo principalmente o prazo de entrega dos produtos, "devem resultar em mais melhorias".

"O investimento em tecnologia e logística não vai parar... focando na melhoria do atendimento e relacionamento com o cliente", disse.

A empresa teve receita líquida de 1 bilhão de reais no primeiro trimestre, queda de 2,7 por cento contra um ano antes. Sem informar valores, Bloquiau disse que as vendas não atingiram a previsão da própria companhia para o período. Além de ter sido prejudicada pelos fatores operacionais, a B2W encara crescente concorrência no varejo online.

"Continuamos vendo a concorrência muito agressiva", disse Bloquiau. "A vantagem competitiva que estamos criando vai permitir enfrentar esse desafio." O discurso em linha com o apresentado nos trimestres anteriores, entretanto, pareceu não ter agradado investidores e analistas que acompanham o setor.

Na teleconferência para comentar os resultados, apenas dois profissionais se manifestaram com dúvidas e questionamentos.


Na Bovespa, a ação da B2W também sofria os efeitos do resultado novamente negativo. Os papéis ( BTOW3 ) iniciaram o dia já com queda de mais de 6 por cento e, às 13h31, caíam 6,70 por cento, a 7,10 reais. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1,09 por cento.

No acumulado de 12 meses, a ação da B2W tem o pior desempenho entre os papéis que integram o Ibovespa, com desvalorização de 67 por cento.

"Resta saber quando tais investimentos aparecerão nos resultados. Quanto mais demorar, mais difícil será a reversão de tendência para a companhia", afirmou a equipe do BB Investimentos em relatório.

No primeiro trimestre, a B2W investiu 67,1 milhões de reais em logística e tecnologia.

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São Paulo - Em uma teleconferência com fraca participação de analistas e investidores, a empresa de comércio eletrônico B2W voltou a afirmar nesta quarta-feira que acredita em uma maior recuperação de suas operações no longo prazo, apoiada em investimentos em logística e tecnologia, e melhor relacionamento com clientes.

A dona dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime apresentou na véspera prejuízo líquido de 42,8 milhões de reais para o primeiro trimestre, bem superior à perda de 1,6 milhão de reais apurada um ano antes.

A companhia atribuiu o desempenho à revisão e reorganização de suas operações -processo em curso há vários trimestres-, buscando melhorar seu relacionamento com clientes.

De fato, a empresa de comércio eletrônico reduziu nos três primeiros meses do ano o número de reclamações no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) praticamente pela metade em um ano. Já no site Reclame Aqui, ligado ao Procon, as queixas diminuíram em 39 por cento.

Segundo o diretor de Relações com Investidores da B2W, François Bloquiau, novas iniciativas, envolvendo principalmente o prazo de entrega dos produtos, "devem resultar em mais melhorias".

"O investimento em tecnologia e logística não vai parar... focando na melhoria do atendimento e relacionamento com o cliente", disse.

A empresa teve receita líquida de 1 bilhão de reais no primeiro trimestre, queda de 2,7 por cento contra um ano antes. Sem informar valores, Bloquiau disse que as vendas não atingiram a previsão da própria companhia para o período. Além de ter sido prejudicada pelos fatores operacionais, a B2W encara crescente concorrência no varejo online.

"Continuamos vendo a concorrência muito agressiva", disse Bloquiau. "A vantagem competitiva que estamos criando vai permitir enfrentar esse desafio." O discurso em linha com o apresentado nos trimestres anteriores, entretanto, pareceu não ter agradado investidores e analistas que acompanham o setor.

Na teleconferência para comentar os resultados, apenas dois profissionais se manifestaram com dúvidas e questionamentos.


Na Bovespa, a ação da B2W também sofria os efeitos do resultado novamente negativo. Os papéis ( BTOW3 ) iniciaram o dia já com queda de mais de 6 por cento e, às 13h31, caíam 6,70 por cento, a 7,10 reais. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 1,09 por cento.

No acumulado de 12 meses, a ação da B2W tem o pior desempenho entre os papéis que integram o Ibovespa, com desvalorização de 67 por cento.

"Resta saber quando tais investimentos aparecerão nos resultados. Quanto mais demorar, mais difícil será a reversão de tendência para a companhia", afirmou a equipe do BB Investimentos em relatório.

No primeiro trimestre, a B2W investiu 67,1 milhões de reais em logística e tecnologia.

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