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Azul vai abrir capital e quer R$ 1 bilhão

Um ano depois de se juntar à concorrente Trip e assim se firmar como a terceira maior companhia de aviação do país, a Azul Linhas Aéreas vai abrir o capital na bolsa


	Azul Linhas Aéreas: com a incorporação da Trip, o faturamento da empresa mais que dobrou, passando de R$ 1,7 bilhão em 2011 para cerca de R$ 4 bilhões no ano passado
 (Divulgação)

Azul Linhas Aéreas: com a incorporação da Trip, o faturamento da empresa mais que dobrou, passando de R$ 1,7 bilhão em 2011 para cerca de R$ 4 bilhões no ano passado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 09h21.

São Paulo - Um ano depois de se juntar à concorrente Trip e assim se firmar como a terceira maior companhia de aviação do País, a Azul Linhas Aéreas vai abrir o capital na bolsa e espera captar cerca de R$ 1 bilhão com a operação, apurou a reportagem.

O pedido de registro foi apresentado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira (24) à tarde.

Fundada pelo americano naturalizado brasileiro David Neeleman menos de cinco anos atrás, a Azul tem hoje uma participação de cerca de 15% nos voos nacionais.

A empresa cresceu inspirada no modelo de baixo custo da JetBlue, que o próprio empresário já havia criado nos Estados Unidos, e tornou-se a maior do País no segmento de aviação regional.

Com a incorporação da Trip, o faturamento da empresa mais que dobrou, passando de R$ 1,7 bilhão em 2011 para cerca de R$ 4 bilhões no ano passado. Mas seus resultados, assim como os de todo o setor, ainda são mambembes.

A fusão com a Trip tinha sido o lance mais relevante de Neeleman até agora. Ele já vinha alimentando a ideia de abrir o capital da Azul há dois anos.

Ainda não foi batido o martelo sobre o tamanho da participação que será colocada à venda, mas a intenção é captar algo em torno de R$ 1 bilhão, segundo fontes que acompanham a operação.

Se não houver problemas e a CVM der todas as autorizações necessárias, espera-se que a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) seja realizada até o fim de julho.

Neeleman tem 67% do capital votante da Azul e os grupos Caprioli e Água Branca, que eram da Trip, são donos de um terço da empresa. Outros acionistas relevantes, embora não tenham ações com direito a voto, são o grupo Bozano, o fundo Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, e o fundo de private equity americano TPG.

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