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Azul quer estrear na Bovespa no 1º bimestre de 2017, diz fonte

Companhia estariam aguardando a redução na volatilidade do mercado financeiro para protocolar os documentos da oferta na CVM

Azul desistiu em junho do ano passado, pela terceira vez, de seu planejado IPO devido às condições adversas do mercado (Foto/Divulgação)

Azul desistiu em junho do ano passado, pela terceira vez, de seu planejado IPO devido às condições adversas do mercado (Foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 12h10.

São Paulo - A Azul Linhas Aéreas está concluindo a documentação necessária para protocolar nas próximas semanas o pedido de registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), disseram à Reuters duas fontes a par do assunto, com uma delas afirmando que o plano é que a estreia dos papéis BM&FBovespa aconteça entre janeiro e fevereiro.

Os recursos que a Azul, terceira maior companhia aérea do país, pretende levantar com a emissão de ações novas --oferta primária-- serão usados entre outros fins para reforçar o caixa, no momento em que começa a receber aeronaves de maior porte, principalmente para viagens internacionais.

Com 139 jatos na frota no fim de 2015, a empresa fundada pelo empresário David Neeleman deve receber ainda neste ano dois jatos Airbus A320, com capacidade para cerca de 180 passageiros cada. Outros seis aviões do mesmo modelo estão previstos para chegar em 2017, disse uma das fontes.

Há ainda uma encomenda prevista para entrega em 2017 de umnovo avião da Airbus A350. A Azul tem negociado atrasar ou suspender a entrega da aeronave, dado o cenário de recessão no Brasil e seus reflexos no setor de aviação, disse a mesma fonte.

A companhia e os assessores financeiros estão aguardando a redução na volatilidade do mercado financeiro, ocasionada pela surpreendente vitória de Donald Trump na eleição presidencialdos Estados Unidos, para protocolar os documentos da oferta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), disse a primeira fonte.

Consultada, a Azul afirmou que não comentaria o assunto.

A Azul desistiu em junho do ano passado, pela terceira vez, de seu planejado IPO devido às condições adversas do mercado. Na época, profissionais do mercado calculavam que a operação poderia levantar pouco mais de um bilhão de reais.

Pouco depois, a Azul recebeu um aporte de 100 milhões de dólares da norte-americana United Airlines, do grupo United Continental.

Em novembro do ano passado, o grupo chinês HNA Group pagou 1,7 bilhão de reais para ficar com 23,7 por cento da empresa.

O presidente da Azul, Antonoaldo Neves, disse na época que o aporte daria fôlego maior para a empresa até um IPO.

O plano de IPO é retomado num momento em que as companhias aéreas do país estão reduzindo rotas, cortando pessoal e, em alguns casos, devolvendo aeronaves, com foco em reduzir o endividamento e manter o caixa.

Pelo dado público mais recente, a Azul teve prejuízo líquido de 182,75 milhões de reais no primeiro trimestre, ante lucro de 92,5 milhões de reais em igual etapa de 2015.

Na semana passada, a Gol informou ao mercado um plano de devolução de aeronaves com objetivo de reduzir seu endividamento em 1,6 bilhão de reais.

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