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Ata não muda cenário por ora e DIs seguem estáveis

São Paulo - As projeções de juros mostravam poucas variações nesta quinta-feira, já que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe muitas novidades para o cenário com o qual o mercado já trabalhava. Às 10h14, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,39 por cento ao […]

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 10h38.

São Paulo - As projeções de juros mostravam poucas variações nesta quinta-feira, já que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) não trouxe muitas novidades para o cenário com o qual o mercado já trabalhava.

Às 10h14, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2012 projetava 12,39 por cento ao ano, contra 12,38 por cento no ajuste da véspera.

O DI janeiro de 2013 estava em 12,45 por cento, ante 12,44 por cento. O outubro de 2011 saía a 12,31 por cento, contra 12,30 por cento no ajuste da quarta-feira.

Na ata, o Banco Central ressaltou a melhora da inflação desde a reunião anterior, inclusive reduzindo sua previsão para este ano, mas reiterou que o ajuste da política monetária por "período suficientemente prolongado" é a estratégia mais adequada para que a inflação convirja ao centro da meta em 2012.

O BC também notou a fraqueza da retomada da economia global. Analistas viram poucas mudanças entre esse documento e o anterior, da reunião de abril.

"O mercado não está mexendo muito. A ata não trouxe muita novidade e veio bem em linha com o que se esperava", disse Newton Rosa, economista-chefe do SulAmérica Investimentos.

O mercado vinha precificando mais uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, em julho, cenário mantido após a ata.

O que esperar

Ainda assim, os investidores vão analisar cuidadosamente todos os dados de atividade e inflação que saírem, pois se houver alguma surpresa, o BC deixou claro que não hesitará em reagir.

Até a próxima reunião do Copom, em 19 e 20 de julho, o BC deve receber dados fracos de inflação, mas sinais mistos de atividade, com alguns setores desacelerando e outros nem tanto.

"O BC vai ver dois meses de inflação baixa (pelo IPCA de maio e o IPCA-15 de julho) e atividade econômica do segundo trimestre crescendo mais moderadamente", disse Flávio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank.

"A indústria deve mostrar alguma recuperação na margem (em maio) depois da queda de abril, mas com crescimento mais moderado do que anteriormente, enquanto o varejo deve continuar com alguma robustez (mas também menor)." Por outro lado, o emprego deve continuar forte e esse foi um dos pontos destacados pela ata, pontuou Serrano. O BC disse que embora o cenário inflacionário tenha melhorado, alguns pontos merecem atenção, sobretudo o emprego.

"Na próxima reunião, o Copom vai ter um dado do desemprego (de maio) baixo. Prevemos a manutenção da taxa de 6,4 por cento vista em abril, mas isso é praticamente 1 ponto abaixo da taxa neutra, aquela taxa que não gera inflação, que no Brasil está entre 7 e 8 por cento." "Tem um 'gap' (diferença) entre a gente e o que deveria estar. E o mercado de trabalho é mais defasado, então vai demorar um certo tempo para isso se equilibrar."

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