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As projeções para 8 elétricas após o novo blecaute na bolsa

O cenário se tornou mais nublado para Cesp e Cteep e menos incerto para a Eletrobras

5 – AES Tietê também disparou com gestão privada  (Divulgação)

5 – AES Tietê também disparou com gestão privada (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 05h00.

São Paulo – As ações do setor elétrico despencaram no pregão de segunda-feira na Bovespa refletindo o anúncio das novas condições para a renovação das concessões do setor elétrico, feito pelo governo na quinta-feira passada. O impacto já era esperado, mas as novas condições (taxas, tarifas e valor residual) vieram muito abaixo das expectativas, e devem refletir negativamente sobre todas as ações do setor no curto prazo. 

Os parâmetros para a aplicação da Medida Provisória 579 impõem que as empresas terão que renunciar aos 2 ou 3 últimos anos dos atuais contratos de concessão, e com isso deixar de receber cerca de 35 bilhões de reais em receita total. Elas devem optar entre receber 21 bilhões de reais (dos quais 14 bilhões de reais já são da Eletrobras) como compensação pelo retorno dos ativos ao governo, ou renovar as concessões por 20 anos, com início em janeiro de 2013, mas recebendo uma tarifa que é insuficiente para gerar lucro. 

Segundo a corretora Caixa Geral de Depósitos, as novas tarifas de energia apertam a geração de fluxo de caixa das companhias que aceitarem as renovações. Na análise do Bank Of America Merrill Lynch, o cenário é positivo para Eletrobras e Copel, neutro para a Cemig e negativo para a Cesp e Cteep. Veja as expectativas para as empresas mais afetadas:

CESP

A Cesp é uma das mais prejudicadas e, na opinião dos analistas do JP Morgan, é provável que a empresa vá rejeitar a proposta de renovação de suas concessões. A empresa teve umas das tarifas de geração mais baixas (7 reais por MWh contra os 70 reais por MWh atuais) e só receberá 1 bilhão de reais de indenização. A expectativa é que os investidores reajam negativamente. 


Os analistas do Merrill Lynch diminuíram o preço-alvo para as ações de 18 reais para 15,50 reais por ação, e mantiveram a recomendação de underperfom (desempenho abaixo do mercado). 

CTEEP

No consenso dos analistas, a CTEEP não deve aceitar a renovação das concessões. Para o Credit Suisse, o preço atual dos papéis já reflete o cenário otimista de não renovação dos contratos.

Já o Merrill Lynch rebaixou os papéis da empresa para underperform (desempenho abaixo do mercado), e diminuiu o preço-alvo de 26 reais para 21 reais por ação.

Eletrobras

A Eletrobras deve ser a única a aceitar a renovação de suas concessões. Como a empresa é estatal e seu futuro é menos incerto que o das outroas, o Merrill Lynch elevou seu preço-alvo: os papéis ELET3 passaram de 11 reais para 12 reais por ação, enquanto os ELET6 passaram de 17 reais para 18,50 reais por ação. A recomendação de underperform foi mantida.

Cemig e Copel

Cemig e Copel devem ser menos impactadas, já que pequenas partes de suas receitas são afetadas. No caso da Cemig, há incertezas em relação às concessões que a empresa decidiu não renovar: São Simão, Jaguará e Miranda.

Em relação a Copel, o Credit Suisse acredita que a empresa irá aceitar a renovação, uma vez que será pouco impactada. A empresa teve seu preço-alvo elevado pelo Merrill Lynch de 50 reais para 52 reais por ação. A recomendação é de compra.

AES Tietê, Tractebel, EDB

Pouco afetadas, as empresas AES Tietê, Tractebel e Energias do Brasil (EDB) têm recomendação de compra pelo UBS. 

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