Mercados

As ações que subiram mais de 10% no mês de março

A alta mais expressiva do mês foi da Suzano que comprou a Fibria

Bolsa: investidores acompanharam o nascimento de uma gigante do setor de papel e celulose (Getty Images/Getty Images)

Bolsa: investidores acompanharam o nascimento de uma gigante do setor de papel e celulose (Getty Images/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 30 de março de 2018 às 10h30.

São Paulo - As tensões relacionadas a uma possível guerra comercial entre Estados Unidos e China impactaram a Bolsa no mês de março. O Ibovespa fechou perto da estabilidade (+0,01%).

Além da guerra comercial, os investidores acompanharam a divulgação da nova taxa básica de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

No país americano, O Federal Reserve elevou os juros de 1,5% para 1,75%. O aumento já era previsto pelo mercado. A expectativa agora é se o FED irá aumentar os juros mais de três vezes este ano.

No mercado interno, o Copom fez o caminho inverso e anunciou uma queda na Selic de 6,75% ao ano para 6,5% ao anoFoi o menor valor histórico desde que a taxa passou ser usada como referência em 1986. O corte de 0,25 ponto percentual foi a 12º redução seguida. O BC sinalizou que deve cortar o juros mais uma mês ainda em maio.

Nasce uma gigante

No mês de março, os investidores também acompanharam a compra da Fibria pela Suzano.

Pelo acordo firmado com os acionistas controladores da Fibria, a Suzano deterá a totalidade das ações da empresa por intermédio de uma reorganização societária.

Nesta, os acionistas da Fibria devem receber 52,50 reais por ação ordinária – corrigido pela variação do CDI desde 15 de março de 2018 até a data do seu efetivo pagamento, a ser realizado em uma única parcela na data da consumação da operação.

Os acionista também devem receber 0,4611 ação ordinária de emissão da Suzano. A relação de troca será ajustada proporcionalmente por eventuais desdobramentos, grupamentos e bonificações das ações.

A compra animou os investidores da Suzano, as ações fecharam o mês de março com uma alta acumulada de 53,38%. Em valor de mercado, a companhia passou de 23,75 bilhões de reais para 36,42 bilhões de reais, um aumento de 12,67 bilhões de reais em apenas um mês.

Números animadores

Outro destaque do mês na Bolsa foi a Tenda. Fora do Ibovespa, as ações da construtora fecharam em alta de 15,98%.

O bom desempenho dos papéis foi impactado pelos balanço financeiro apresentado no início do mês. No quarto trimestre do ano passado, a companhia registrou lucro líquido de 36,2 milhões de reais, uma alta de 79,4% em comparação com o mesmo período de 2016.

No acumulado de 2017, o lucro líquido da Tenda atingiu 106,7 milhões de reais, crescimento de 88,3% comparado com 2016. A melhora nos resultados da Tenda reflete o aumento da receita e os ganhos de escala com os lançamentos e as vendas de imóveis, com foco nas faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Além da Suzano e da Tenda, confira abaixo as ações que fecharam o mês de março com alta de mais de 10%. Os dados foram divulgados pela Economatica, provedora de informações financeiras, a pedido do site EXAME.

EmpresaTickersQuanto ganhou no mês de março
Suzano PapelSUZB353,38%
DommoDMMO328,71%
Qgep PartQGEP321,60%
Iochp-MaxionMYPK318,47%
TendaTEND315,98%
Klabin S/AKLBN1115,64%
Azul S.A.AZUL413,59%
GolGOLL412,76%
Irbbrasil ReIRBR312,48%
SaneparSAPR1112,15%
BanrisulBRSR611,68%
Lojas AmericLAME411,61%
LocalizaRENT310,97%
ViavarejoVVAR1110,70%
CopasaCSMG310,50%

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresFibriaIbovespaMercado financeirosuzanoTenda

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado