As 10 ações que mais caíram e subiram na semana

São Paulo – O Ibovespa passou por mais uma semana negativa e registrou uma baixa de 2,3%. O índice foi pressionado principalmente pelo desempenho negativo dos papéis da OGX. Alguma melhora foi notada na sexta-feira apesar do Relatório de Emprego dos Estados Unidos ter mostrado uma criação de empregos muito abaixo do que era esperado para março.

O relatório indicou a criação de 88 mil vagas em março, número bem inferior ao esperado (190 mil). “No geral, o relatório do mercado de trabalho norte-americano mostrou resultados bastante decepcionantes”, analisa a LCA Consultrores em um relatório. Ainda assim, a leitura de que os números forçam o Banco Central americano a manter os estímulos monetários segurou os mercados na sexta-feira.

Queda

A maior baixa da semana foi mais uma vez a OGX ( OGXP3 ). A agência de classificação de risco Standard and Poor’s rebaixou a nota de crédito na quarta-feira de B para B-, com perspectiva negativa. Segundo a S&P, a mudança foi motivada pelo nível de produção de petróleo abaixo do esperado e o aumento nos custos, o que deve contribuir para que as suas métricas de crédito fiquem fracas nos próximos dois anos.

Na opinião de Oswaldo Telles, analista do Espírito Santo Investment Bank, o rebaixamento da OGX é visto como negativo, por mostrar as dificuldades operacionais pelas quais a empresa está passando para gerar caixa.

Alta

A Rossi ( RSID3 ) disparou nesta semana após o mercado ter recebido bem o novo plano de negócios da empresa. A construtora e incorporadora praticamente não fez nenhum lançamento de empreendimentos no primeiro trimestre deste ano e informou que para o triênio de 2013 a 2015 vai se concentrar nos segmentos de média e alta renda, com preço médio das unidades entre 200 mil e 1 milhão de reais. A empresa atingiu em 2012 o seu primeiro prejuízo anual.

O anúncio fez com que o Itaú BBA elevasse a ação da empresa para desempenho em linha com a média (market perform). O preço-alvo foi mantido em 6,60 reais.

“Embora preferíssemos aguardar mais alguns conjuntos de resultados trimestrais antes de adotarmos uma postura mais agressiva em relação às RSID3, não estávamos mais confortáveis com a nossa classificação de underperform (desempenho abaixo da média do mercado), devido ao desempenho significativamente mais baixo na comparação com seus pares”, explica o analista David Lawant, em relatório.