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Rossi foca em rentabilidade, para lançamentos no 1º tri

Construtora e incorporadora praticamente não fez nenhum lançamento de empreendimentos no período, optando por uma estratégia de recuperação de seus resultados


	Prédios da Rossi Residencial: em 2012, companhia teve lançamentos de R$ 1,96 bilhão, queda de 54% sobre 2011
 (Divulgação)

Prédios da Rossi Residencial: em 2012, companhia teve lançamentos de R$ 1,96 bilhão, queda de 54% sobre 2011 (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 13h12.

São Paulo - A construtora e incorporadora Rossi Residencial praticamente não fez nenhum lançamento de empreendimentos no primeiro trimestre deste ano, preferindo optar por uma estratégia de recuperação de seus resultados, após ter sofrido em 2012 seu primeiro prejuízo anual.

Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo da Rossi, Leonardo Diniz, não informou estimativas de lançamentos anuais previstas, optando por dosar o total de novos empreendimentos com o plano de retomada da geração de caixa.

"A gente praticamente não lançou nada no primeiro trimestre deste ano (...) O plano de lançamentos vai ser construído a partir da assertividade do plano de geração de caixa", afirmou o executivo.

"A gente imagina que esta companhia vai estar girando nos próximos três anos algo em torno de 2,5 bilhões a 3 bilhões de reais (em lançamentos)", acrescentou o executivo.

Em 2012, a Rossi teve lançamentos de 1,96 bilhão de reais, queda de 54 por cento sobre 2011, antes de iniciar uma revisão estratégica dos negócios, antes baseado em forte crescimento da atuação geográfica e em parcerias para construção de unidades.

Sob o novo plano estratégico para o triênio de 2013 a 2015, a Rossi vai se concentrar nos segmentos de média e alta renda, com preço médio das unidades entre 200 mil e 1 milhão de reais.

A empresa também deve deixar regiões não mais consideradas como estratégicas para se dedicar às sete regiões metropolitanas onde esteja entre as três maiores do setor. "Em função dos projetos em construção, após 2014 os lançamentos serão totalmente concentrados nestas regiões", disse a Rossi no plano.


Com isso, a construtora iniciou venda de terrenos que pode levantar 100 milhões de reais já em 2013, afirmou o executivo.

A companhia também vai executar 90 por cento das obras com engenharia própria, aumentando o controle sobre a construção, numa estratégia semelhante à anunciada pela PDG nesta quarta-feira.

A Rossi encerrou 2012 com prejuízo de 206 milhões de reais, após lucro de 78,7 milhões de reais em 2011. Enquanto isso, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) despencou 91 por cento, para 14 milhões de reais.

Segundo os detalhes do plano de recuperação da empresa, a Rossi pretende reduzir as despesas gerais e administrativas para patamar de 180 milhões de reais ao ano entre 2013 e 2015, ante 221 milhões em 2012 e 261 milhões em 2011.

Além disso, a companhia estima melhorar a relação dívida líquida/patrimônio líquido de 85 a 95 por cento este ano para níveis de 65 a 75 por cento em 2014, e de 35 a 45 por cento em 2015. Em 2012, o indicador ficou em 123 por cento.

As ações da Rossi exibiam alta de 2,6 por cento às 12h59, enquanto o Ibovespa subia 0,56 por cento.

Em relatório, o Bradesco BBI comentou que "entre as quatro ações mais líquidas do setor, a Rossi está entre os nomes cuja recuperação será mais rápida". Porém, o banco citou que apesar dos avanços da empresa, "recuperações no setor de construção tendem a ocorrer lentamente (quando acontecem)".

Como forma de sinalizar a confiança dos administradores da companhia na recuperação, o presidente do conselho da Rossi, João Rossi, afirmou que se comprometeu a reinvestir na empresa os dividendos a que tiver direito até que a relação dívida líquida/patrimônio líquido seja inferior a 50 por cento.

Dentro do plano de recuperação, a Rossi afirmou que quer zerar sua dívida líquida corporativa em três anos. A Rossi encerrou 2012 com endividamento líquido de 2,83 bilhões de reais e disponibilidades financeiras de 1,696 bilhão. (Por Alberto Alerigi Jr.)

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