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Apple dispara 6% após anunciar maior recompra de ações da história

As vendas do iPhone caíram 10%, ficando em linha com a estimativa de analistas

Companhia teve resultados melhores do que o esperado na China, seu terceiro maior mercado (Future Publishing/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 3 de maio de 2024 às 06h40.

Última atualização em 3 de maio de 2024 às 11h29.

As ações da Apple disparavam 6,2% no pré-mercado nesta sexta-feira depois da empresa anunciar um programa ampliado de recompra de ações com valores históricos. Após abertura do pregão americano, as ações continuam subindo mais de 6%, sendo negociadas a US$183.94. Com isso, o valor de mercado da companhia era estimado em US$ 2,84 trilhões.

Na quinta-feira, depois do mercado já ter encerrado as operações, os papéis da companhia subiram 7% após a gigante de Cupertino divulgar seus números do segundo trimestre fiscal.

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A Apple anunciou que seu conselho autorizou US$ 110 bilhões em recompras de ações, um aumento de 22% em relação aos US$ 90 bilhões do ano passado. É a maior recompra da história, à frente das recompras anteriores da própria empresa, segundo dados da Birinyi Associates.

No entanto, as vendas gerais da companhia caíram 4% e as vendas do iPhone caíram 10% durante o trimestre se compararmos o mesmo período de 2023, segundo a CNBC.

Confira as comparações entre os principais números da Apple e a estimativa do mercado:

O CEO da Apple, Tim Cook, disse a Steve Kovach da CNBC que as vendas gerais cresceriam na casa de “um dígito” durante o trimestre de junho. O executivo também disse à emissora que as vendas no segundo trimestre fiscal sofreram uma comparação difícil com o período do ano anterior, quando a empresa teve US$ 5 bilhões em atrasos nas vendas do iPhone 14 devido a problemas de fornecimento - ainda rescaldo da pandemia.

“Se você remover esses US$ 5 bilhões dos resultados do ano passado, teríamos crescido neste trimestre ano após ano”, disse Cook. “E é assim que olhamos internamente a partir do desempenho da empresa.”

A queda nas vendas do iPhone sugerem uma fraca demanda pela atual geração de smartphones, lançada em setembro. As vendas ficaram em linha com as estimativas dos analistas, e Cook disse que sem o aumento das vendas do ano passado, a receita do iPhone teria ficado estável.

Já as vendas na China, terceiro maior mercado da Apple, caíram 8%, para US$ 16,37 bilhões em receitas, o que foi significativamente melhor do que os US$ 15,25 bilhões em vendas esperados pelos analistas da FactSet, acalmando as preocupações dos investidores de que a fabricante do iPhone possa estar perdendo terreno para marcas como a Huawei.

“Sinto-me bem em relação à China. Penso mais no longo prazo do que na próxima semana”, disse Cook.

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