Mercados

Apple amplia programa de recompra de ações em US$30 bilhões

Empresa também aprovou um aumento de cerca de 8 por cento no seu dividendo trimestral, para 3,29 dólares por ação


	Apple: ações da empresa, que permanecem cotadas entre 500 e 550 dólares desde o início do ano, subiram 7 por cento no after-market
 (Getty Images)

Apple: ações da empresa, que permanecem cotadas entre 500 e 550 dólares desde o início do ano, subiram 7 por cento no after-market (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 20h58.

San Francisco - A Apple aprovou mais 30 bilhões de dólares em recompras de ações até o final de 2015 e autorizou um raro desdobramento de ações na proporção de sete para uma, respondendo a cobranças de acionistas para compartilhar mais dinheiro de seu caixa.

A empresa também aprovou um aumento de cerca de 8 por cento no seu dividendo trimestral, para 3,29 dólares por ação.

O investidor ativista Carl Icahn, que havia pedido para a fabricante do iPhone ampliar seu programa de recompra, manifestou sua aprovação à decisão nesta quarta-feira.

As ações da empresa, que permanecem cotadas entre 500 e 550 dólares desde o início do ano, subiram 7 por cento no after-market, para 561,51 dólares.

Nesta quarta-feira, a Apple divulgou vendas de 43,7 milhões de iPhones no trimestre encerrado em março, superando com folga a estimativa de Wall Street de cerca de 38 milhões de aparelhos.

Tal resultado guiou a alta de 4,6 por cento na receita trimestral, para 45,6 bilhões de dólares, superando as projeções de Wall Street de cerca de 43,5 bilhões de dólares.

Mas a capacidade da Apple de voltar a produzir um novo produto revolucionário permanece sendo uma questão central para investidores e executivos do Vale do Silício, num momento em que o mercado de smartphones amadurece e rivais como a Samsung Electronics e o Google abocanham parte de sua participação de mercado.

Muitos esperam que o próximo iPhone, que fontes disseram que vai contar com uma tela maior e nova tecnologia de display, irá proporcionar um oportuno impulso para o lucro da companhia a partir de setembro, quando a Apple normalmente apresenta a última versão de seu principal produto.

Persiste no mercado a especulação de que a empresa vai assumir a liderança em dispositivos de uso junto ao corpo como um relógio inteligente ou outro aparelho, já que presidente-executivo Tim Cook falou sobre "novas categorias de produtos" para 2014.

Por ora, o ímpeto da empresa na China e em mercados emergentes tem sido tema de muita discussão nos círculos de investidores.

Nesta quarta-feira, o vice-presidente financeiro, Luca Maestri, disse à Reuters que o salto nas vendas de iPhones foi "muito amplo", mas destacou o desempenho na Grande China e no Japão, onde o negócio teve um impulso com a recente inclusão da NTT Docomo e da China Mobile como parceiras operadoras.

A receita total na Grande China, que inclui Hong Kong e Taiwan, subiu 13 por cento, para 9,29 bilhões de dólares no trimestre. Já as vendas japonesas subiram 26 por cento, para 3,96 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:AppleEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaRecompra de açõesTecnologia da informação

Mais de Mercados

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Ibovespa fecha em alta de mais de 1% puxado por Vale (VALE3)

Mais na Exame