Mercados

Apostar na privatização da Cesp vale o risco, aponta Planner

Retomada do processo de privatização da companhia pode entregar 50% de ganhos ao acionista, diz analista

Planner: Processo de desalavancagem da Cesp resultará em melhores resultados no médio e longo prazos (Divulgação/Cesp)

Planner: Processo de desalavancagem da Cesp resultará em melhores resultados no médio e longo prazos (Divulgação/Cesp)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 15h18.

São Paulo – O secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, afirmou nesta semana que o governo continua interessado em privatizar a Cesp (CESP6). O processo de venda da companhia elétrica foi interrompido em 2008, durante o governo de José Serra. Na época, o principal problema que atrapalhou o andamento dos negócios foi a renovação das concessões das geradoras em lha Solteira em Jupiá, que vencem em 2015 e representam 67% da capacidade instalada.

“Continuamos com disposição de vender a Cesp", disse Calabi em palestra no IBEF (Instituo Brasileiro de Executivos de Finanças). Com esta citação, o analista da corretora Planner, Rafael Andreata, iniciou seu mais recente relatório para afirmar que “a Cesp é um dos principais papéis para 2011”.

O analista reiterou nesta sexta-feira (6) sua recomendação de compra para os papéis da companhia, com um preço-alvo de 32,60 reais, um potencial da valorização de 8,6%.

“Consideramos uma recomendação com maior risco dentro do setor elétrico, que deve apresentar grande volatilidade. Porém, acreditamos que a relação risco x retorno neste investimento é compensadora”, afirma Andreata. Para ele, uma retomada do processo de privatização da Cesp faria com que as ações da companhia saltassem para aproximadamente 45 reais, um ganho de 50% para os acionistas.

A recomendação da Planner é baseada na expectativa de que em 2011 deverá ocorrer a renovação das concessões com vencimento em 2015, abrindo espaço para retomada de seu processo de privatização da Cesp.

Além disso, a avaliação da corretora contempla ainda o “relevante” volume de energia disponível para negociação após 2013 e o processo de desalavancagem da Cesp, que resultará em melhores resultados no médio e longo prazos.

Acompanhe tudo sobre:Análises fundamentalistasCESPEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasMercado financeiroPrivatizaçãoServiços

Mais de Mercados

Luigi Mangione se declara inocente de acusações de assassinato no caso da morte de CEO nos EUA

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais

Ex-presidente da Nissan, brasileiro Carlos Ghosn diz que fusão com Honda “não faz sentido”

Prosus compra a Decolar por US$ 1,7 bilhão e empresa sairá da bolsa de Nova York