São Paulo - Depois de a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) garantir a melhor semana do ano na sexta-feira passada, os investidores parecem mais propensos a embolsarem os ganhos recentes neste último dia de outubro, mas sem deixar escorregar a alta acumulada no mês. A falta de detalhes do acordo europeu anunciado na semana passada e as dúvidas quanto a sua eficácia contaminam os mercados internacionais, deixando os negócios locais reféns do humor externo. Às 11h18, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,41%, aos 58.674 pontos.

Mas o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, não acredita que a queda da Bolsa prevista para hoje seja acentuada. "Devolve uma parte das altas fortes da semana passada, acompanhando a oscilação em Nova York", prevê. "Não vai ser nada que atrapalhe a performance no mês", comenta Galdi, referindo-se à alta de quase 14% acumulada em outubro, praticamente reduzindo à metade a queda em 2011. "Lembro que já chegamos a cair mais de 20% no ano e acredito em um 'ralizinho' daqui pra frente", completa, aposta em uma desvalorização em torno de 10% no período.

No exterior, a preocupação com a falta de detalhes concretos e a capacidade do pacote europeu em controlar a crise das dívidas na região mergulham os índices acionários no vermelho. Com uma provável solução para as finanças públicas gregas, o foco agora está na Itália.

No Brasil, a safra de balanços do terceiro trimestre segue no radar, mas o feriado na próxima quarta-feira reduz o ritmo dos negócios. Klabin, M. Dias Branco e TIM Participações divulgam seus resultados financeiros hoje. No noticiário corporativo, a Petrobras anunciou ao final da semana passada que reajustará em 10% os preços da gasolina e em 2% os preços do diesel na refinaria.