Mercados

Após abrir em baixa, dólar faz meia-volta e avança 0,31%

Às 9h42, a moeda estava na máxima, de R$ 2,2930


	Notas de dólar: às 9h44, o dólar outubro já subia novamente e atingiu nova máxima de R$ 2,3065 (+0,54%)
 (Stock.xchng)

Notas de dólar: às 9h44, o dólar outubro já subia novamente e atingiu nova máxima de R$ 2,3065 (+0,54%) (Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 10h13.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico abriu com o dólar à vista em leve queda, cotado a R$ 2,2830 (-0,13%) no balcão. Em seguida, a divisa norte-americana acelerou as perdas até uma mínima de R$ 2,2790 (-0,31%) e, depois, virou para o lado positivo. Às 9h42, a moeda estava na máxima, de R$ 2,2930 (+0,31%).

A abertura no campo negativo refletiu o ambiente externo ameno, depois do recuo momentâneo dos Estados Unidos em relação a um ataque militar à Síria. Além disso, a previsão do leilão de até US$ 500 milhões em swap cambial, das 9h30 às 9h40, foi precificada logo no começo dos negócios, segundo operadores ouvidos pelo Broadcast. Do mesmo modo, a subida da moeda americana depois desse leilão já era considerada possível por alguns especialistas antes do início dos negócios, porque a proximidade da reunião do Federal Reserve na semana que vem adiciona volatilidade em meio à incerteza sobre o início da redução de estímulos nos Estados Unidos.

No mercado futuro, o dólar para outubro de 2013 começou a ser negociado a R$ 2,2930, também com ligeira baixa de 0,04%. Logo depois, esse vencimento futuro da moeda norte-americana virou e subiu a R$ 2,2955 (+0,07%), antes de voltar a renovar mínimas sequenciais até a cotação de R$ 2,2850 (-0,39%).

Às 9h44, o dólar outubro já subia novamente e atingiu nova máxima de R$ 2,3065 (+0,54%). No mercado internacional de moedas, o dólar também está volátil, oscilando entre leves alta e queda em relação ao euro, o iene e moedas correlacionadas a commodities.

"À medida que se aproxima a data do encontro deste mês do Federal Reserve, os mercados acentuam a volatilidade. No Brasil, abaixo do patamar de R$ 2,30 ante o real, o dólar chama compras", afirmou um operador de uma corretora.


Para esse profissional, a alta do dólar hoje pode ter menor intensidade do que na véspera, sobretudo se for confirmada a expectativa de uma melhora do fluxo cambial na semana passada. "O fluxo cambial pode ter sido positivo tanto na conta comercial como na financeira", aposta esse operador, ressaltando que o resultado da balança comercial divulgado na última segunda-feira já pode ter confirmado parte dessa previsão. Os dados de fluxo cambial serão divulgados pelo Banco Central às 12h30.

Na primeira semana de setembro (entre os dias 1 e 8), a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 299 milhões. No período, as exportações somaram US$ 4,765 bilhões e as importações, US$ 4,466 bilhões, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior.

Apesar do resultado positivo na semana, no ano, a balança comercial acumula déficit de US$ 3,470 bilhões. As exportações somam US$ 161,419 bilhões no acumulado do ano e as importações, US$ 164,889 bilhões.

Na terça-feira, 10, à noite, o presidente Barack Obama afirmou que os Estados Unidos concederão tempo para uma possível saída diplomática para a Síria. Após a ameaça de intervenção militar contra Assad, Obama anunciou que pediu o adiamento da votação no Congresso sobre um ataque ao país diante das conversas entre o regime sírio e autoridades da Rússia.

Obama expressou um otimismo cauteloso sobre a solução diplomática para o impasse com a Síria, mas disse que os militares norte-americanos estão preparados para combater o regime sírio, se os esforços diplomáticos falharem. As declarações foram feitas durante discurso na Casa Branca.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólarMoedas

Mais de Mercados

Ata do Fed aponta para início de cortes em setembro

Selic vai subir? Por que o mercado aposta em um novo ciclo de alta de juros

Preço do aço cai 20% na China e preocupa investidores. O que está por trás da queda?

Ibovespa bate recorde pelo 3º dia seguido com o mercado reagindo à ata do Fed

Mais na Exame