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Anbima prevê segundo semestre 'complicado' para fundos

Problemas no exterior aumentam a aversão ao risco dos investidores, o que complica a situação dos fundos de investimento, segundo a associação

Num cenário otimista, os fundos podem repetir o mesmo desempenho do primeiro semestre deste ano (Ana Maria)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2011 às 14h48.

São Paulo - A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) prevê um segundo semestre complicado para os fundos de investimento. "Em um cenário otimista, deve se repetir o que aconteceu no primeiro", afirma o vice-presidente da Associação, Demosthenes Pinho Neto. De janeiro a junho, houve queda de 12,2% na captação líquida dos fundos na comparação com o mesmo período de 2010. Ao todo, as carteiras captaram R$ 50,5 bilhões.

Pinho Neto diz que o cenário para os fundos não é dos melhores por conta dos problemas no exterior, o que aumenta a aversão ao risco dos investidores. Há a preocupação do futuro do euro e crises em vários países da Europa, destaca ele. Nos Estados Unidos, a discussão para elevar o teto limite para a dívida também deve trazer intranquilidade aos mercados. "A situação está complicada. Não é um segundo semestre fácil", disse hoje em entrevista à imprensa.

Ao dizer que o segundo semestre pode, em um cenário otimista, repetir o primeiro, Pinho Neto destaca que os fundos de renda fixa devem continuar atraindo recursos e os fundos mais arriscados podem captar menos ou até perder cotistas. Sobre a bolsa, ele afirma que, por conta do cenário turbulento lá fora é difícil fazer previsões, mas não vê espaço para queda muito acentuada do índice Bovespa. "Muita coisa ruim já está precificado nas ações", disse ele, destacando que alguns papéis de companhias brasileiras estão baratos se forem considerados os bons fundamentos da economia.

Poder público

Metade da captação líquida do setor no primeiro semestre de 2011 se deve aos chamados fundos de poder público. Estas carteiras, que aplicam os recursos de estados, municípios e governo federal, tiveram captação de R$ 25,6 bilhões no período. Pinho Neto destaca que há um fator sazonal para explicar esse elevado montante de dinheiro. Essas carteiras tendem a captar mais no começo do ano, por conta do maior pagamento de impostos pela população no primeiro trimestre (como IPVA e IPTU). O dinheiro dessa arrecadação é aplicados nestes fundos.

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São Paulo - A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) prevê um segundo semestre complicado para os fundos de investimento. "Em um cenário otimista, deve se repetir o que aconteceu no primeiro", afirma o vice-presidente da Associação, Demosthenes Pinho Neto. De janeiro a junho, houve queda de 12,2% na captação líquida dos fundos na comparação com o mesmo período de 2010. Ao todo, as carteiras captaram R$ 50,5 bilhões.

Pinho Neto diz que o cenário para os fundos não é dos melhores por conta dos problemas no exterior, o que aumenta a aversão ao risco dos investidores. Há a preocupação do futuro do euro e crises em vários países da Europa, destaca ele. Nos Estados Unidos, a discussão para elevar o teto limite para a dívida também deve trazer intranquilidade aos mercados. "A situação está complicada. Não é um segundo semestre fácil", disse hoje em entrevista à imprensa.

Ao dizer que o segundo semestre pode, em um cenário otimista, repetir o primeiro, Pinho Neto destaca que os fundos de renda fixa devem continuar atraindo recursos e os fundos mais arriscados podem captar menos ou até perder cotistas. Sobre a bolsa, ele afirma que, por conta do cenário turbulento lá fora é difícil fazer previsões, mas não vê espaço para queda muito acentuada do índice Bovespa. "Muita coisa ruim já está precificado nas ações", disse ele, destacando que alguns papéis de companhias brasileiras estão baratos se forem considerados os bons fundamentos da economia.

Poder público

Metade da captação líquida do setor no primeiro semestre de 2011 se deve aos chamados fundos de poder público. Estas carteiras, que aplicam os recursos de estados, municípios e governo federal, tiveram captação de R$ 25,6 bilhões no período. Pinho Neto destaca que há um fator sazonal para explicar esse elevado montante de dinheiro. Essas carteiras tendem a captar mais no começo do ano, por conta do maior pagamento de impostos pela população no primeiro trimestre (como IPVA e IPTU). O dinheiro dessa arrecadação é aplicados nestes fundos.

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