Mercados

Alívio com Grécia dita maior alta em 10 semanas na Bovespa

São Paulo - Renovadas esperanças de um desfecho satisfatório e breve para a crise grega, aliadas a novos resultados acima das expectativas de empresas dos EUA, levantaram a Bovespa, que teve seu melhor dia em 10 semanas. Fortalecido pela volta dos recursos de estrangeiros ao mercado acionário doméstico, o Ibovespa subiu 1,98 por cento, aos […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2010 às 19h02.

São Paulo - Renovadas esperanças de um desfecho satisfatório e breve para a crise grega, aliadas a novos resultados acima das expectativas de empresas dos EUA, levantaram a Bovespa, que teve seu melhor dia em 10 semanas.

Fortalecido pela volta dos recursos de estrangeiros ao mercado acionário doméstico, o Ibovespa subiu 1,98 por cento, aos 67.978 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 5,5 bilhões de reais.

"As notícias da Grécia abriram espaço para alguma recuperação dos ativos, que estavam muito depreciados", disse Álvaro Bandeira, diretor da Ágora Corretora.

O medo de contaminação da crise grega para toda a zona do euro diminuiu após Atenas se comprometer com um rigoroso pacote fiscal, abrindo caminho para que o país receba ajuda financeira do FMI e da União Europeia.

Simultaneamente, novos resultados acima das expectativas de grandes companhias dos Estados Unidos levaram ânimo aos mercados acionários de Nova York.

Com esse pano de fundo, o fluxo de recursos estrangeiros voltou a fluir para a bolsa paulista, tendo como alvos principais as blue chips em meio à alta de commodities como metais e petróleo. O papel preferencial da Vale ganhou 3,35 por cento, a 47,85 reais, enquanto o da Petrobras subiu 1,95 por cento, cotado a 33,02 reais.

Individualmente, Cesp foi a líder de ganhos do Ibovespa, saltando 5,1 por cento, a 25,60 reais. Pouco atrás, Redecard avançou 3,5 por cento, a 29,55 reais. A rede adquirente de cartões de crédito anuncia na sexta-feira pela manhã os resultados do primeiro trimestre.

Para o Citi, a alta da Selic na véspera, de 8,75 para 9,5 por cento ao ano, paradoxalmente, pode ter uma implicação positiva para a Bovespa. Em relatório, o banco disse que as ações costumam cair antes da alta dos juros e tendem a se recuperar depois. Essa tendência tende a ser reforçada pelo fato de a bolsa paulista ter uma das piores performances entre emergentes em 2010.

Fora do índice, Santander Brasil foi um dos destaques positivos da sessão, com um ganho de 4 por cento, a 19,61 reais, após o banco reportar que teve lucro líquido de 1,015 bilhão de reais no primeiro trimestre, um avanço de 142 por cento em relação ao mesmo período de 2009.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

"Não faz sentido correr risco com esse nível de juros", diz maior fundo de pensão do Nordeste

Ações da Usiminas (USIM5) caem 16% após balanço; entenda

"Se tentar prever a direção do mercado, vai errar mais do que acertar", diz Bahia Asset

"O dólar é o grande quebra-cabeça das políticas de Trump", diz Luis Otavio Leal, da G5 Partners

Mais na Exame