Agências de rating já classificam dívida da OGX como "lixo"
Moody's, Fitch e S&P rebaixaram os ratings de crédito da OGX para nível de alto risco de calote
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 12h23.
São Paulo - Nesta quarta-feira, mais uma agência de classificação de risco rebaixou os ratings de crédito da petroleira OGX ( OGXP3 ). Dessa vez foi a Moody’s que reduziu de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Com esse rebaixamento, a empresa de petróleo de Eike Batista fica a apenas dois degraus do nível de calote.
De acordo com Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em comunicado, o rebaixamento do rating foi motivado pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, o que compromete negativamente a cobertura de notas sênior sem garantias da empresa.
A Moody's acrescentou ainda que a OGX deverá enfrentar um cenário de liquidez apertada nos próximos 12 a 18 meses, com a expectativa de busca de alternativas adicionais para o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras.
Suspensão
A revisão para baixo ocorre após a OGX ter anunciado na segunda-feira a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, incluindo Tubarão Azul, onde a empresa mantém seus únicos poços em produção ativa.
De acordo com a empresa, após concluir análise detalhada nos poços, verificou-se que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse Campo visando aumentar o seu perfil de produção". Ainda segundo a OGX, os poços atualmente em operação poderão cessar de produzir ao longo do ano de 2014.
Escala de ratings de crédito
Moody's | Fitch e S&P |
---|---|
Grau de investimento | |
Aaa | AAA |
Aa1, Aa2, Aa3 | AA |
A1, A2, A3 | A |
Baa1, Baa2, Baa3 | BBB |
Grau especulativo | |
Ba1, Ba2, Ba3 | BB |
B1, B2, B3 | B |
Caa1, Caa2, Caa3 | CCC |
Ca | CC |
C | C |
S&P
Na terça-feira, dia 2, a Standard & Poor's também cortou o rating de crédito da OGX de B- para CCC, num nível próximo ao de empresas em situação de default.
Segundo a agência, a base menor de portfólio vai prejudicar a performance operacional da empresa, sua liquidez e sua capacidade de alcançar patamares necessários de produção e geração de caixa para cobrir seus níveis de dívida.
"Acreditamos que a OGX vai precisar de financiamento externo adicional para aliviar o aperto de liquidez no fim de 2013 e início de 2014", prevê a S&P em relatório.
Fitch
Também nesta terça-feira, a Fitch informou que o abandono do campo de Tubarão Azul anunciado pela empresa passará a ter viés negativo, ante neutro, sobre a qualidade de crédito da empresa.
No dia 14 de junho, a agência foi a primeira a rebaixar o rating da OGX, passando de B- para CCC.
Na ocasião, a Fitch ressaltou que considera incerta a intenção e a capacidade do controlador, Eike Batista , de honrar a opção de venda de ações detidas pela OGX, no valor de 1 bilhão de dólares e ao preço de 6,30 reais cada ação – o que apertaria ainda mais a liquidez da empresa.
São Paulo - Nesta quarta-feira, mais uma agência de classificação de risco rebaixou os ratings de crédito da petroleira OGX ( OGXP3 ). Dessa vez foi a Moody’s que reduziu de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Com esse rebaixamento, a empresa de petróleo de Eike Batista fica a apenas dois degraus do nível de calote.
De acordo com Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em comunicado, o rebaixamento do rating foi motivado pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, o que compromete negativamente a cobertura de notas sênior sem garantias da empresa.
A Moody's acrescentou ainda que a OGX deverá enfrentar um cenário de liquidez apertada nos próximos 12 a 18 meses, com a expectativa de busca de alternativas adicionais para o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras.
Suspensão
A revisão para baixo ocorre após a OGX ter anunciado na segunda-feira a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, incluindo Tubarão Azul, onde a empresa mantém seus únicos poços em produção ativa.
De acordo com a empresa, após concluir análise detalhada nos poços, verificou-se que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse Campo visando aumentar o seu perfil de produção". Ainda segundo a OGX, os poços atualmente em operação poderão cessar de produzir ao longo do ano de 2014.
Escala de ratings de crédito
Moody's | Fitch e S&P |
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Grau de investimento | |
Aaa | AAA |
Aa1, Aa2, Aa3 | AA |
A1, A2, A3 | A |
Baa1, Baa2, Baa3 | BBB |
Grau especulativo | |
Ba1, Ba2, Ba3 | BB |
B1, B2, B3 | B |
Caa1, Caa2, Caa3 | CCC |
Ca | CC |
C | C |
S&P
Na terça-feira, dia 2, a Standard & Poor's também cortou o rating de crédito da OGX de B- para CCC, num nível próximo ao de empresas em situação de default.
Segundo a agência, a base menor de portfólio vai prejudicar a performance operacional da empresa, sua liquidez e sua capacidade de alcançar patamares necessários de produção e geração de caixa para cobrir seus níveis de dívida.
"Acreditamos que a OGX vai precisar de financiamento externo adicional para aliviar o aperto de liquidez no fim de 2013 e início de 2014", prevê a S&P em relatório.
Fitch
Também nesta terça-feira, a Fitch informou que o abandono do campo de Tubarão Azul anunciado pela empresa passará a ter viés negativo, ante neutro, sobre a qualidade de crédito da empresa.
No dia 14 de junho, a agência foi a primeira a rebaixar o rating da OGX, passando de B- para CCC.
Na ocasião, a Fitch ressaltou que considera incerta a intenção e a capacidade do controlador, Eike Batista , de honrar a opção de venda de ações detidas pela OGX, no valor de 1 bilhão de dólares e ao preço de 6,30 reais cada ação – o que apertaria ainda mais a liquidez da empresa.