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Agências de rating já classificam dívida da OGX como "lixo"

Moody's, Fitch e S&P rebaixaram os ratings de crédito da OGX para nível de alto risco de calote

Fitch: é incerta a intenção e capacidade de Eike Batista de honrar a opção de venda de ações da OGX no valor de 1 bilhão de dólares (EDUARDO MONTEIRO)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 12h23.

São Paulo - Nesta quarta-feira, mais uma agência de classificação de risco rebaixou os ratings de crédito da petroleira OGX ( OGXP3 ). Dessa vez foi a Moody’s que reduziu de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Com esse rebaixamento, a empresa de petróleo de Eike Batista fica a apenas dois degraus do nível de calote.

De acordo com Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em comunicado, o rebaixamento do rating foi motivado pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, o que compromete negativamente a cobertura de notas sênior sem garantias da empresa.

A Moody's acrescentou ainda que a OGX deverá enfrentar um cenário de liquidez apertada nos próximos 12 a 18 meses, com a expectativa de busca de alternativas adicionais para o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras.

Suspensão

A revisão para baixo ocorre após a OGX ter anunciado na segunda-feira a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, incluindo Tubarão Azul, onde a empresa mantém seus únicos poços em produção ativa.

De acordo com a empresa, após concluir análise detalhada nos poços, verificou-se que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse Campo visando aumentar o seu perfil de produção". Ainda segundo a OGX, os poços atualmente em operação poderão cessar de produzir ao longo do ano de 2014.

Escala de ratings de crédito

Moody'sFitch e S&P
Grau de investimento
AaaAAA
Aa1, Aa2, Aa3AA
A1, A2, A3A
Baa1, Baa2, Baa3BBB
Grau especulativo
Ba1, Ba2, Ba3BB
B1, B2, B3B
Caa1, Caa2, Caa3CCC
CaCC
CC

S&P

Na terça-feira, dia 2, a Standard & Poor's também cortou o rating de crédito da OGX de B- para CCC, num nível próximo ao de empresas em situação de default.


Segundo a agência, a base menor de portfólio vai prejudicar a performance operacional da empresa, sua liquidez e sua capacidade de alcançar patamares necessários de produção e geração de caixa para cobrir seus níveis de dívida.

"Acreditamos que a OGX vai precisar de financiamento externo adicional para aliviar o aperto de liquidez no fim de 2013 e início de 2014", prevê a S&P em relatório.

Fitch

Também nesta terça-feira, a Fitch informou que o abandono do campo de Tubarão Azul anunciado pela empresa passará a ter viés negativo, ante neutro, sobre a qualidade de crédito da empresa.

No dia 14 de junho, a agência foi a primeira a rebaixar o rating da OGX, passando de B- para CCC.

Na ocasião, a Fitch ressaltou que considera incerta a intenção e a capacidade do controlador, Eike Batista , de honrar a opção de venda de ações detidas pela OGX, no valor de 1 bilhão de dólares e ao preço de 6,30 reais cada ação – o que apertaria ainda mais a liquidez da empresa.

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São Paulo - Nesta quarta-feira, mais uma agência de classificação de risco rebaixou os ratings de crédito da petroleira OGX ( OGXP3 ). Dessa vez foi a Moody’s que reduziu de B2 para Caa2, com perspectiva negativa. Com esse rebaixamento, a empresa de petróleo de Eike Batista fica a apenas dois degraus do nível de calote.

De acordo com Gretchen French, vice-presidente da Moody’s, em comunicado, o rebaixamento do rating foi motivado pela fraca resposta de produção de petróleo e dos fluxos de caixa, o que compromete negativamente a cobertura de notas sênior sem garantias da empresa.

A Moody's acrescentou ainda que a OGX deverá enfrentar um cenário de liquidez apertada nos próximos 12 a 18 meses, com a expectativa de busca de alternativas adicionais para o cumprimento de obrigações operacionais e financeiras.

Suspensão

A revisão para baixo ocorre após a OGX ter anunciado na segunda-feira a inviabilidade comercial de quatro campos de petróleo, incluindo Tubarão Azul, onde a empresa mantém seus únicos poços em produção ativa.

De acordo com a empresa, após concluir análise detalhada nos poços, verificou-se que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse Campo visando aumentar o seu perfil de produção". Ainda segundo a OGX, os poços atualmente em operação poderão cessar de produzir ao longo do ano de 2014.

Escala de ratings de crédito

Moody'sFitch e S&P
Grau de investimento
AaaAAA
Aa1, Aa2, Aa3AA
A1, A2, A3A
Baa1, Baa2, Baa3BBB
Grau especulativo
Ba1, Ba2, Ba3BB
B1, B2, B3B
Caa1, Caa2, Caa3CCC
CaCC
CC

S&P

Na terça-feira, dia 2, a Standard & Poor's também cortou o rating de crédito da OGX de B- para CCC, num nível próximo ao de empresas em situação de default.


Segundo a agência, a base menor de portfólio vai prejudicar a performance operacional da empresa, sua liquidez e sua capacidade de alcançar patamares necessários de produção e geração de caixa para cobrir seus níveis de dívida.

"Acreditamos que a OGX vai precisar de financiamento externo adicional para aliviar o aperto de liquidez no fim de 2013 e início de 2014", prevê a S&P em relatório.

Fitch

Também nesta terça-feira, a Fitch informou que o abandono do campo de Tubarão Azul anunciado pela empresa passará a ter viés negativo, ante neutro, sobre a qualidade de crédito da empresa.

No dia 14 de junho, a agência foi a primeira a rebaixar o rating da OGX, passando de B- para CCC.

Na ocasião, a Fitch ressaltou que considera incerta a intenção e a capacidade do controlador, Eike Batista , de honrar a opção de venda de ações detidas pela OGX, no valor de 1 bilhão de dólares e ao preço de 6,30 reais cada ação – o que apertaria ainda mais a liquidez da empresa.

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